Foi prorrogado para o dia 9 de março o prazo de inscrições para o novo ciclo da jornada Catalisa ICT, programa do Sebrae que tem como objetivo transformar pesquisas com potencial de inovação em soluções de impacto para a sociedade. O edital é voltado para mestres e doutores, com pesquisas concluídas ou em andamento, e que participem desde o primeiro ciclo do programa. Serão selecionadas cerca de 2 mil pesquisas com potencial de inovação, terão apoio até 300 planos de inovação e até 150 deeptechs serão atendidas.
O Catalisa é promovido pelo Sebrae em parceria com diversas entidades do ecossistema nacional de inovação com o objetivo de acelerar negócios inovadores de base tecnológica, além de promover a aproximação entre universidades e mercado. A Living Out foi uma das startups que já se beneficiou da iniciativa.
A empresa é especializada em ensaios de eficácia in vitro, que atendam tanto o mercado de prospecção e desenvolvimento de novos fármacos quanto o de oncologia personalizada. Desde a fundação, em 2019, a empresa se dedica ao aperfeiçoamento e otimização da técnica de cultivo de organoides derivados de amostras de tumor de pacientes oncológicos.
O domínio da técnica levou a startup a desenvolver o exame LivingOut-PDO, que é capaz de selecionar previamente quais tratamentos terão melhor probabilidade de serem eficazes para o tratamento do paciente de maneira personalizada. O CEO e diretor de pesquisa, Robson Amaral, explica que a empresa deu início a uma nova etapa nos estudos.
“Em 2024, começamos a prova de conceito (POC) junto ao Hospital de Amor de Barretos (HA), a partir de uma parceria de cooperação científica. O objetivo é validar todos os processos em ambiente operacional e realizar estudos de concordância clínica comparando desfecho clínico do paciente com os resultados do nosso exame, sendo uma etapa de extrema importância para entrada no mercado.”
– Robson Amaral, CEO da LivingOut.
Robson conta que o catalisa foi extremamente importante para o negócio em relação à continuidade do desenvolvimento científico; além da preparação para o ingresso no mercado e maior visibilidade e alcance de uma rede de networking.
Outro ponto de destaque foi a ajuda para superar os desafios técnicos que apareceram pelo caminho. “Graças à bolsa para Pesquisador do Catalisa, conseguimos manter as atividades de pesquisa para solucionar os desafios nos processos de coleta de amostras de tumor, cultivo, congelamento e descongelamento dos organoides”, descreve.
“Em nove meses, conseguimos aperfeiçoar e corrigir alguns erros em nossos métodos para execução do exame. Agora, estamos prontos para executar o exame e prosseguir com a prova de conceito no Hospital de Amor de Barretos”, projeta o pesquisador.