A ministra da Ciência Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, se reuniu nesta terça-feira (14) com o embaixador Amandeep Singh Gill, enviado de Tecnologia do secretário-geral das Nações Unidas, para tratar da redução das desigualdades tecnológicas e da cooperação conjunta em inovação.
Ao abrir a reunião, a ministra lembrou o compromisso do governo do presidente Lula com a redução das desigualdades, incluindo tecnológica e digital. “Estamos afinados com a ONU e com todas as articulações dessa agenda de transformação digital, com foco inclusivo e com o objetivo de reduzir hiatos digitais. A desigualdade tecnológica é perversa e acentua ainda mais o fosso das desigualdades. Vamos atualizar nossa agenda de transformação digital”, afirmou.
Ela citou os esforços do MCTI na agenda digital, como a Estratégia Brasileira para a Transformação Digital (e-Digital), que busca desenvolver o potencial das tecnologias digitais na promoção do desenvolvimento econômico e social sustentável e inclusivo. Além disso, o Plano Nacional de Internet das Coisas (IoT) aproxima as tecnologias digitais das áreas com grande potencial de uso, como agricultura, indústria e turismo.
Durante o encontro, o embaixador Amandeep Singh Gill ressaltou que a redução das desigualdades tecnológicas contribui para a superação de outras formas de desigualdade, como a insegurança alimentar. “O conhecimento de dados e a Inteligência Artificial estão concentrados em poucos países. É preciso expandir, para que todos tenham acesso. Eles têm um papel central para acelerar mudanças e garantir prosperidade.”
O embaixador destacou ainda a importância da participação do Brasil no Pacto Digital Global a ser acordado na Cúpula do Futuro, em setembro de 2024, com o objetivo de compartilhar princípios entre governos, empresas e sociedade civil para um futuro digital aberto, gratuito e seguro para todos.
Amandeep Singh Gill defendeu ainda a formação de mão de obra qualificada para os desafios do futuro, garantindo a interlocução entre o digital e as áreas da agricultura e da saúde. “É preciso lançar uma rede de cooperação Sul-Sul e Sul-Norte que possibilite a criação dessa mão de obra. Hoje não temos esses recursos humanos de forma suficiente e queremos que o Brasil se junte a esse esforço”, pontuou.
Fonte: MCTI