A Anprotec, junto de outras instituições, se reuniu ontem (6), no CCBB Brasília, em uma audiência com a equipe de transição do novo governo para debater sobre Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável.
O presidente da Anprotec, José Alberto Sampaio Aranha, participou do painel “Interação com a Indústria e parceria com Ministérios e Entidades representativas”, e frisou a importante missão do país em resgatar seu capital intelectual, que tem migrado para outros países.
“Para termos cada vez mais negócios inovadores, dependemos de fatos fundamentais, um deles é o capital intelectual. São os nossos jovens talentos que estamos perdendo. Cerca de 30% dos alunos das universidades portuguesas, hoje, são brasileiros. Se não tivermos talentos, não conseguiremos ter startups e nem desenvolvimento. O que vai atrair esse jovem de volta ao Brasil são os ambientes propícios para inovação”, explicou Aranha.
O presidente reforçou que, para incentivar cada vez mais o surgimento de novas startups, o Brasil depende de duas áreas importantes, os ambientes de inovação e os mecanismos de inovação. Além disso, de acordo com o presidente da Anprotec, a mudança dessas áreas para o mundo digital é o que permitirá maior conexão entre todos os atores do ecossistema de inovação.
“O jovem precisa de uma rede propícia, que dê apoio para ele gerar uma empresa inovadora, que produza um produto ou serviço de âmbito internacional”, complementou Aranha.
O futuro ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação (C,T&I), Marcos Pontes, reforçou a importância da unificação dos atores do ecossistema, principalmente, das entidades com o ministério.
“Precisamos nos juntar como um bloco. O ministério e todas as instituições que trabalham junto. Precisamos aproximar mais esse contato. Estamos criando algumas ferramentas, dentro da nossa própria estrutura, para que a gente tenha mais contato de gestão”, explicou Pontes.
Para Aranha, o modelo de trabalho tradicional já não atraí todos os jovens e isso foi um dos motivos para a diminuição das grandes empresas e o surgimento de, cada vez mais, startups unicórnios, conhecidas por serem empresas que valem mais de 1 bilhão de dólares.
“A missão da Anprotec é, exatamente, aumentar o número de ambientes de inovação, para que possamos ter a missão de transformá-los em industrias de startups, para gerarmos esses unicórnios aqui no Brasil também”, concluiu Aranha.