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Nesta quinta (22/2) e sexta-feira (23/2), aconteceu em Toronto, no Canadá, o World Incubation Summit 2018, evento promovido pelo UBI Global, reunindo gestores e parceiros de várias partes do mundo, dentre os quais a Anprotec. Na ocasião, o Cerne foi apresentado como um modelo de referência em boas práticas de gestão de incubadoras.
“O objetivo foi mostrar as ações estratégicas que a Anprotec vem desenvolvendo para consolidar o ecossistema de inovação no Brasil”, relata o consultor de projetos da Anprotec, Carlos Eduardo Bizzotto, que representou a Associação em um painel sobre como construir ecossistemas nacionais de empreendedorismo bem-sucedidos. Realizado hoje (23/2), o painel também contou com a participação da sueca SISP (Swedish Incubators & Science Parks), que tem um memorando de entendimento com a Anprotec.
Inicialmente, Bizzotto trouxe um breve histórico sobre a Anprotec, que possui 370 associados, além de um panorama do movimento de empreendedorismo inovador no Brasil. Hoje, o país tem 369 incubadoras de empresas, 2.640 empresas incubadas, as quais criam cerca de 16.400 empregos e geram receita de 260 milhões de dólares por ano, além de 2.509 empresas graduadas, que criam cerca de 30 mil empregos e geram receita de 2 bilhões de dólares por ano.
Após essa introdução, foram abordadas as seis principais estratégias que a Anprotec vem operando para melhorar o ecossistema de inovação no Brasil, a começar pelo Cerne – modelo de gestão criado pela Associação, em parceria com o Sebrae, que visa promover a melhoria dos resultados das incubadoras em termos quantitativos e qualitativos, estruturado em quatro níveis de maturidade.
Conforme detalhou Bizzotto, há 104 incubadoras implementando o modelo e 19 já certificadas. Como resultados da implantação do Cerne, foi possível observar um aumento médio de 50% no número de empresas incubadas e a taxa de ocupação das incubadoras subiu de 60% para 71%. Além disso, a renda das empresas incubadas aumentou de 4% para 11%.
Em sua apresentação, o consultor de projetos ainda falou sobre outras iniciativas da Anprotec, dentre as quais a plataforma Land2land e o apoio à internacionalização de startups; a UniAnprotec e a formação de novas lideranças; as redes estaduais e sua importância para que as pequenas incubadoras no interior do país possam aprender com as mais experientes; os miniecossistemas, que concentram em um mesmo prédio incubadora, aceleradora, espaço de coworking e locais para eventos; e o trabalho para fomentar o aumento do número de incubadoras que apoiam a geração e o desenvolvimento de empresas de impacto social e ambiental.
“A Suécia também fez uma apresentação mostrando números do país e uma estruturação em termos de ação junto a parques, incubadoras e atuação regional, mas não chegou a mostrar um modelo como o Cerne. Eles fizeram uma apresentação mais geral, trazendo um panorama do ecossistema no país”, pontua Bizzotto.
Ao lado do consultor de projetos da Anprotec, também participaram do World Incubation Summit 2018 o Diretor de Novos Ambientes de Inovação da Associação, Daniel Leipnitz, além de Flávio Wagner, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), e Victor Ladeira, do Centro Integrado de Estudos e Programas de Desenvolvimento Sustentável (CIEDS), ambas as instituições associadas à Anprotec.
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