A presidente da Anprotec, Adriana Faria, está no Canadá participando de compromissos institucionais ligados à International Association of Science Parks and Areas of Innovation (IASP). Antes da conferência oficial da divisão norte-americana, que ocorre de 28 a 30 de maio, Adriana participou do Agri-Food Innovation Pre-Conference, realizado no dia 27 em Saint-Hyacinthe, na província de Quebec.
Organizado pelo Saint-Hyacinthe Technopole, o encontro reuniu representantes de polos de inovação, instituições acadêmicas e redes internacionais com forte atuação em inovação agroalimentar. O objetivo foi promover conexões, trocar boas práticas e discutir oportunidades de colaboração. A delegação brasileira, representada por Adriana Faria, foi convidada a integrar uma nova rede internacional de polos de ciência e tecnologia com foco em segurança alimentar e sustentabilidade.
A presença da dirigente ocorre em um momento especialmente estratégico para os ambientes de inovação brasileiros. Em comunicado encaminhado à Anprotec pelo Ministério das Relações Exteriores, o Consulado-Geral do Brasil em Montreal destacou o interesse do Technopole em estreitar o diálogo com instituições do país, citando Adriana como ponto focal da cooperação já existente entre o polo canadense e o TecnoPARQ de Viçosa (MG), do qual ela também é diretora-executiva. O Technopole mantém ainda interlocução com o Biopark de Toledo (PR) e busca estruturar novos intercâmbios com outros parques tecnológicos, incubadoras e hubs de inovação no Brasil.
Franklin Silva Netto, Cônsul-Geral Adjunto em Montreal, e Adriana Faria, Presidente da Anprotec.
Com mais de CAD 340 milhões (cerca de R$ 1,4 bilhão) em investimentos privados, o Saint-Hyacinthe Technopole abriga três parques industriais, um parque tecnológico, 22 startups — das quais 60% atuam em biotech ou agtech — e a maior usina de biogás do Canadá. Desde 2021, pleiteia junto ao governo do Quebec o reconhecimento como zona de inovação agroalimentar.
Para Adriana Faria, a aproximação representa uma oportunidade concreta de internacionalização com alto valor estratégico:
“Saint-Hyacinthe é um exemplo claro de como a integração entre governo, academia e setor produtivo pode gerar soluções de impacto global. A possibilidade de incluir os ambientes de inovação brasileiros em uma rede internacional voltada à segurança alimentar e sustentabilidade é extremamente promissora — não apenas para nossos associados, mas para o desenvolvimento tecnológico do país como um todo”, afirmou.
Adriana Faria, Karinne e Ebba.
Durante a programação do encontro, os participantes compartilharam modelos de governança, infraestrutura e prioridades estratégicas de seus respectivos polos, e participaram de discussões temáticas sobre os desafios e oportunidades da inovação em sistemas alimentares, como escalabilidade, sustentabilidade, digitalização e adaptação às mudanças globais. A reunião encerrou com uma rodada de reflexões e propostas de futuras colaborações.