- Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores
Café da Manhã Anprotec e Parceiros trata sobre Conferência Anprotec nos próximos anos e pesquisa de impacto do modelo CERNE
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Na manhã de hoje (9), foi realizado o tradicional Café da Manhã Anprotec e Parceiros. Trata-se de um momento de reflexão para debater sobre as iniciativas realizadas pela Anprotec, e seus parceiros do ecossistema de inovação, durante ano e para planejar as ações do próximo. O evento foi realizado de maneira virtual.
A cerimônia contou com a participação do presidente e do superintendente geral da Anprotec, Francisco Saboya e Guila Calheiros, respectivamente, também participaram Jardel Mattos, diretor de Redes e Associados da Anprotec, Arthur Gibbon, presidente da Reginp, Moacir de Oliveira, professor titular na FIA-USP, Fernanda Cahen, pesquisadora convidada da FIA e Paulo Renato Cabral, gerente de Inovação do SEBRAE Nacional.
O primeiro assunto tratado no evento foi a Conferência Anprotec. Jardel Mattos introduziu o tema anunciando o lançamento de um edital para os ambientes associados se candidatarem para ser sede da conferência em 2022. “Divulgaremos hoje (9), no site da Anprotec, um edital com as informações necessárias para as instituições que desejam sediar a conferência”.
Em seguida, Arthur Gibbon, que participou da organização da Conferência Anprotec 2020 e também participará da edição de 2021, que está confirmada para agosto, em Gramado (RS), falou sobre a realização do evento neste ano que, pela primeira vez, aconteceu de maneira online. “Tivemos muitos desafios para entender as particularidades de realizar um evento deste porte de forma virtual. Com o ano chegando ao fim, é natural que as pessoas fiquem cansadas de conviver com a tela do computador, mas mesmo assim conseguimos realizar um evento muito enriquecedor com alto engajamento e feedback positivo do público, representando toda a grandeza do que é a Conferência Anprotec”.
Pesquisa sobre o impacto do modelo CERNE na gestão de incubadoras
Para avaliar os impactos do Modelo CERNE na gestão de incubadoras, mediante construção de indicadores, a Anprotec e o Sebrae realizaram uma ampla pesquisa nacional. A instituição parceira para realização desse estudo foi a FIA – Fundação Instituto de Administração.
A pesquisa foi conduzida por meio de um survey com questionários autoaplicáveis destinados às incubadoras (certificadas ou não) e empresas (incubadas e graduadas). A coleta das informações foi realizada entre os meses de julho e novembro e obteve respostas de 129 incubadoras e 113 empresas.
O professor Moacir Oliveira, que liderou a equipe da FIA durante a realização da pesquisa, ressaltou a importância da avaliação para identificar as ações eficientes e os tópicos que precisam de atenção. “A USP e a Anprotec possuem uma relação histórica, e para mim é uma honra muito grande participar dessa pesquisa para entender o impacto do CERNE nos ambientes de inovação. Os resultados foram positivos nas dimensões analisadas o que nos deixa muito felizes. Identificamos desafios consideráveis como aumentar o engajamento, mas em uma visão geral quem conhece o CERNE avalia bem e quem não conhece precisa ser atraído”.
A avaliação foi baseada em cinco dimensões principais:
- Qualificação – percepção sobre a qualificação CERNE, processos e recursos e agentes envolvidos;
- Governança e Ecossistema – atores da governança, constituições/modelos da governança, atuação da governança, rede de apoio e de relacionamento com stakeholders do ecossistema;
- Infraestrutura física, financeira e de serviços – recursos físicos, serviços de apoio e suporte às empresas, assessoria e consultoria para financiamentos/investimentos
- Estratégia e gestão – planejamento estratégico, processos de seleção, incubação e de graduação de empresas, gestão financeira
- Impactos – financeiro, inovação, internacionalização e socioambiental
Sobre as conclusões do estudo, Fernanda Cahen, que integrou a equipe de coordenação da pesquisa, apontou os pontos positivos do modelo CERNE. “De forma geral, as incubadoras que possuem a certificação CERNE apresentam impactos e ações mais bem desenvolvidas do que aquelas não certificadas. A certificação contribui para que elas apresentem melhores desempenhos em diversos aspectos, inclusive em termos financeiros, com maior habilidade em atrair investidores para seus empreendimentos”.
Encerrando a cerimônia, Francisco Saboya destacou o aprendizado que pode ser obtido com as informações apresentadas na pesquisa. “A chancela e seriedade do trabalho de uma instituição como a USP nos dá a garantia de que adquirimos mais conhecimento extraídos do resultado desse estudo. Isso é importante pois estamos em um momento muito peculiar, as mudanças que ocorreram na pandemia não são novas, elas só tornaram emergentes coisas que nós já deveríamos estar mudando. Esses insumos que a pesquisa nos trouxe é muito importante para nós termos essa visão externa e criarmos novas estratégias para seguir contribuindo como vetores estruturantes da inovação.
O relatório completo com os resultados da pesquisa serão divulgados em breve no site da Anprotec.
Além do Café da Manhã, também foi realizada a Assembleia anual da Anprotec, em que foi tratado com os associados as contas dos exercícios 2019, panorama financeiro de 2020, estratégia de captação de projetos e anuidade 2021.
