Na sexta-feira, 11 de setembro, às 08h, aconteceu a 2ª edição do AnproTalks Café – uma spin-off do AnproTalks para debater assuntos de interesse já levantados junto ao público envolvido no movimento de ambientes de inovação, como associados e parceiros da Anprotec.
Com o tema “Estratégias para Sustentabilidade Financeira dos Ambientes de Inovação”, o encontro contou com a participação de três associados – Gabriel Santos, coordenador da MidiTec, representando as incubadoras; Robert Janssen, CEO da OBr.global, pelas aceleradoras; e Leonardo Reisman, diretor de inovação do Biotic, pelos parques científicos e tecnológicos.
Moderado pela diretora de empresas da Anprotec, Rosana Jamal, o encontro teve início com os três associados apresentando os modelos de negócios atuais de seus ambientes de inovação.
E, em seguida, questionados por Rosana, cada um abordou como esses modelos foram afetados pela crise de Covid-19.
“O mundo pos-Covid vai exigir a integração dos espaços urbanos – em trabalho, saúde e sustentabilidade. Atualmente, o Biotic está com cerca de 40% de circulação, e isso já é um desafio. Temos uma sustentabilidade financeira do dia a dia que é mista, ou seja, depende do pagamento da taxa de ocupação e também – ainda – de um apoio governamental pré-operacional”, explicou o diretor de inovação do Biotic, já ressaltando sobre novas inciativas que surgiram nesse contexto de pandemia. “Temos criado hubs de interação entre as demandas do governo e do setor privado. Pensamos o que poderíamos fazer a partir da nossa estrutura local de Brasília. De imediato, já temos a formatação de um núcleo de inovação em trânsito e mobilidade, junto com o Detran-DF; e daqui 20 dias acontece a inauguração de um hub de inovação específico para fintechs”, contou Leonardo Reisman.
O coordenador da incubadora MidiTec também apresentou as medidas que foram tomadas recentemente no ambiente de inovação. “Mudamos de endereço do Centro de Inovação ACATE primavera para o Sapiens Parque, pois enquanto parque em consolidação, é interessante ter uma incubadora ali para gerar novos negócios e também porque há um centro de inovação muito bom. No início os empreendedores ficaram com um pouco de receio, mas com a Covid, eles entenderam que a migração ia diminuir o custo de ativo fixo deles”, disse Gabriel Santos, complementando sobre os empreendimentos tradicionais. “Quem está sofrendo muito são os prédios verticais, com salas fechadas e empresas que não se comunicam. Acreditamos que os nossos ambientes terão cada vez mais demanda devido a esse fator”.
Robert Janssen brincou que chama a Covid de “Corunami”, relacionando a pandemia ao “tsunami” da transformação digital, impulsionada pela crise Coronavírus. “Nosso modelo de internacionalização nos ensinou a trabalhar de forma remota, porque temos clientes do Amazonas ao Rio Grande do Sul. A gente já vem fazendo isso a bastante tempo e, quando começamos a acelerar, também buscamos uma abrangência nacional. No início tivemos um espaço físico no Rio de Janeiro, mas sempre priorizamos metodologias que nos permitissem atuar de forma remota e, agora no pós-covid, isso está se mostrando bastante robusto e eficiente para a gente”.
Em seguida, Rosana ainda questionou os associados sobre quanto esse cenário está impactando a inovação no Brasil. Eles também interagiram e responderam perguntas dos demais participantes.
Clique aqui e confira o webinar na íntegra!