A partir do dia 12 de junho estão abertas as inscrições para participar da Chamada de Negócios PPA 2019. Podem participar empreendedores, startups, organizações sociais, negócios de base comunitária, redes de pessoas/coletivos, instituições e empresas em estágio inicial de seus negócios de impacto voltados à conservação da Floresta Amazônia, à valorização da biodiversidade e ao desenvolvimento socioambiental.
Serão aceitas inscrições de iniciativas localizadas ou com cadeias de valor relacionadas à Amazônia Brasileira, e que se encaixem nas seguintes áreas: agricultura e pecuária sustentável; manejo e produção florestal sustentável e produtos da sociobiodiversidade; educação e bem-estar social aliados à conservação do meio ambiente; mitigação e adaptação às mudanças climáticas; produtos e serviços socioambientais; combate ao tráfico de animais, exploração ilegal madeireira, crimes ambientais e redução de impacto em rios e florestas através de gestão de resíduos
As inscrições podem ser feitas até o dia 21/07, via formulário de inscrição disponível no site ppa.org.br/chamada2019. Deverão ser respondidas questões que descrevem a atividade principal de cada negócio, detalhes sobre o planejamento e estágio atual de desenvolvimento financeiro, impactos e benefícios socioambientais, dentre outras informações.
Realizada pela Plataforma Parceiros pela Amazônia (PPA) com apoio da Pipe Social, a Chamada selecionará empreendimentos para participar de rodada de negócios com investidores para aporte financeiro de até R$ 800 mil e participar do Programa de Aceleração PPA, que inclui capacitações temáticas presenciais, mentorias personalizadas, coworking, assessorias jurídica e contábil, marketing e branding, além de bolsas para participação em formações e eventos.
“A PPA quer fomentar o desenvolvimento de negócios de impacto socioambiental para criar uma economia baseada na conservação, restauração e uso sustentável da floresta amazônica. O nosso grande diferencial é agregar empresas, investidores e parceiros estratégicos que permitem alavancar os negócios através de um pacote completo de apoio para os empreendedores que inclui desde capacitações e assessorias especializadas até investimento direto de capital nas fases iniciais do negócio. A Chamada de Negócios PPA foi desenhada sob medida para a Amazônia e espera despertar o empreendedorismo e o ecossistema de negócios de impacto inovadores na região”, destaca Mariano Cenamo, diretor de Novos Negócios do Idesam e coordenador executivo da PPA.
Informações sobre elegibilidade, critérios de avaliação e cronograma da Chamada, podem ser acessadas no regulamento completo: ppa.org.br/chamada2019
1ª Chamada, realizada em 2018, recebeu 81 inscrições
A Chamada de Negócios 2019 dá continuidade a um movimento iniciado em 2017, quando um grupo de empresas, organizações da sociedade civil e entidades internacionais se uniram em prol de fomentar novos modelos de desenvolvimento sustentáveis para a Amazônia.
Em 2018 foi realizada a 1ª Chamada, que recebeu 81 inscritos, dos quais 15 foram selecionados para participar do Programa de Aceleração da PPA, e quatro desses empreendimentos participaram de uma seção com investidores, realizada durante o 1º Fórum de Investimento e Negócios de Impacto da Amazônia. Os empreendimentos receberam aportes financeiros que somaram R$ 1.185.000,00. Os outros selecionados concorreram ao Prêmio Empreendedor PPA, no valor total de R$ 60.000,00.
“Para a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) foi uma grande satisfação investir e participar da primeira chamada no ano passado. Ficamos muito satisfeitos com o sucesso e resultados alcançados – 81 propostas recebidas, 15 negócios identificados, 4 receberam investimentos. Entendemos que, por meio da PPA e seu programa de incubação e aceleração, serão identificados negócios de impacto que apresentarão soluções inovadoras para o desenvolvimento socioeconômico sustentável e a conservação da biodiversidade amazônica. Estamos motivados e esperamos receber boas propostas para investimento nesta segunda chamada”, avalia Alexandre Alves, especialista em Engajamento com Setor Privado e Desenvolvimento de Parcerias da USAID.
A Chamada 2019 conta com apoio também do Investimento Social Privado, por meio do Grupo de Fundações e Instituto de Impacto (FIIMP), do Instituto Humanize e do Fundo Vale.
O FIIMP é formado por institutos e fundações que estão, juntos, aprendendo sobre a jornada do empreendedor e investimentos de impacto. “Para nós, esse apoio à PPA significa ampliar a agenda do grupo para as causas ambientais e também experimentar o apoio a negócios fora da Região Sudeste, ajudando a fomentar um ambiente de negócios sustentáveis na Amazônia, que valorize os recursos naturais e os povos da região”, explica Márcia Soares, do Fundo Vale, membro da Secretaria Executiva do FIIMP.
“É com entusiasmo que apoiamos o programa de aceleração da PPA, iniciativa que fortalece negócios voltados para o desenvolvimento da sociobiodiversidade na Amazônia. O poder de convocação da plataforma reflete a força das parcerias e a dedicação de toda a equipe envolvida”, ressalta Georgia Pessoa, diretora-executiva do Instituto Humanize.
A 2ª Chamada de Negócios da PPA é uma realização da PPA, com coordenação do Idesam e apoio financeiro de USAID, CIAT, Instituto Humanize e Fundo Vale. Conta com a parceria da Pipe Social, Centro de Empreendedorismo da Amazônia, Instituto Centro de Vida (ICV), Fundação CERTI, Fundação Rede Amazônica, FIIMP, Sitawi, ICE, Impact Hub Manaus e Conexsus e apoio das seguintes empresas e organizações: Natura, Instituto Peabiru, Equipe de Conservação da Amazônia (Ecam) Bemol, DD&L, Whirpool Cervejaria Ambev, Beraca, Agropalma, Abrapalma, Althelia e Grupo Rede Amazônica.
As inscrições para a Chamada de Negócios PPA 2019 devem ser realizadas por meio do site ppa.org.br/chamada2019 até o dia 21/07/2019.
Conheça os negócios selecionados na 1ª Chamada, e que hoje participam do Programa de Aceleração da PPA: http://aceleracao.ppa.org.br/portfolio-de-negocios/
Serviço:
Chamada de Negócios PPA – 2019
Data: até 21 de julho
Inscrições: ppa.org.br/chamada2019
Informações: [email protected]
Soluções:
Agricultura e pecuária sustentável: soluções em produção, beneficiamento, comercialização ou serviços relacionados a agricultura ou pecuária que priorizem práticas sustentáveis e produção familiar. Aqui valem consórcio de culturas; sistemas agroflorestais (agricultura e floresta) e silvipastoris (pecuária, lavoura, floresta); produção proteína animal de baixo impacto (piscicultura por exemplo; produção orgânica ou agroecológica; produção pecuária sem desmatamento/cadeiras sustentáveis na pecuária; serviços de apoio a cadeia da agricultura, pecuária, piscicultura: fornecimento de insumos mais sustentáveis, assistência técnica, plataformas de logística e/ou comercialização, etc.
Manejo e produção florestal sustentável e produtos da sociobiodiversidade: soluções para extração, beneficiamento, comercialização ou serviços relacionados ao manejo e produção florestal sustentável (madeireira e não madeireira), com valorização da sociobiodiversidade da Amazônia. É caso dos produtos madeireiros de manejo sustentável; atividades extrativistas sustentáveis;- cadeia de óleos de copaíba e andiroba e outros derivados da sociobiodiversidade sob manejo sustentável; cadeia sustentável para produção e beneficiamento do açaí nativo; manejo, beneficiamento e/ou comercialização de castanha sob manejo sustentável; manejo e beneficiamento de madeira certificada ou sustentável; serviços de apoio a cadeia florestal: assistência técnica, plataformas de logística e/ou comercialização, etc.
Educação e bem-estar social aliados à conservação do meio ambiente: são atividades, projetos e serviços voltados para educação e capacitações para crianças, jovens e adultos (preferencialmente nas áreas rurais e ribeirinhas da Amazônia) que promovam bem estar social, empreendedorismo rural, educação ambiental, valorização da sociobiodiversidade e dos recursos naturais.
Mitigação e adaptação às mudanças climáticas: atividades produtivas, novas tecnologias, serviços ou iniciativas que promovam mitigação ou adaptação a mudanças climáticas. Como por exemplo agricultura e pecuária de baixo carbono (também relacionada ao primeiro tópico); energias renováveis para comunidades rurais e ribeirinhas da Amazônia (energia solar, eólica, etc); técnicas de irrigação inteligente para comunidades rurais e ribeirinhas da Amazônia, entre outras.
Produtos e serviços socioambientais: iniciativas para mensuração, valoração e promoção de serviços ambientais associados a atividades de conservação e produção sustentável. restauração florestal de áreas degradadas pela agricultura ou pecuária; ou áreas de proteção permanente e reserva legal; mensuração e venda de créditos de carbono (sequestro ou desmatamento evitado); turismo ecológico, turismo de base comunitária e/ou turismo científico nas áreas rurais e ribeirinhas da Amazônia.
Combate ao tráfico de animais, exploração ilegal madeireira e crimes ambientais: são inovações tecnológicas, produtos ou serviços destinados ao combate ao tráfico de animais, exploração ilegal madeireira e outros crimes ambientais. Como tecnologia/ app para monitoramento de atividades ilegais e/ou denúncias; para rastreabilidade de produtos florestais madeireiros ou combate a madeira ilegal; ações de capacitações ou treinamentos com objetivo de prevenção e educação ambiental.
Tratamento de resíduos sólidos/poluentes e melhoria de acesso a água para comunidades rurais e ribeirinhas: projetos, ações ou desenvolvimento de tecnologias puras ou tecnologias sociais para Inovação para tratamento de resíduos sólidos ou poluentes ou melhorias de qualidade/acesso a água para comunidades rurais e ribeirinhas na Amazônia. São válidas tecnologias, produtos ou ações para tratamento de resíduos domésticos para comunidades (fossa séptica, fossa ecológica, reciclagem, compostagem etc); para tratamento ou acesso a água para comunidades (poço artesiano, poço ecológico, captação de água da chuva, etc); para tratamento ou reaproveitamento de resíduos de agricultura, pecuária e/ou agroindústria; para melhor eficiência de uso da água para atividades de agricultura, pecuária e/ou agroindústria, etc.