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Com um aumento no número de projetos inscritos para a edição de 2017, o Prêmio Mútua-Anprotec de Inovação e Empreendedorismo marcou a participação da Mútua na SOEA de Belém, realizada durante esta semana, no Hangar – Centro de Convenções da Amazônia. A solenidade de entrega dos certificados e a apresentação das três propostas selecionadas aconteceu na tarde desta quinta-feira (10).
José Alberto Sampaio Aranha, vice-presidente da Anprotec, prestigiou a premiação
Miler Ricardo Vicente, eng. agrônomo de São Paulo, Cássia Jayne Santos do Nascimento, estudante de Engenharia Civil de Alagoas e Ingrid Monique Oliveira Teles, eng. de Produção do Pará, receberam dos diretores executivos da Mútua eng. civil Paulo Roberto de Queiroz Guimarães (presidente da Mútua), eng. civil Jorge Roberto Silveira (Benefícios) e eng. civil Marcelo Morais (Tecnologia), os certificados de vencedores da premiação. Também participaram da entrega dos prêmios o vice-presidente da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores – Anprotec, José Alberto Sampaio Aranha, e o professor e membro do Contecc, José Geraldo Baracuhy.
Uma enorme honra. Assim definiu Paulo Guimarães a confiança depositada pela Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores na Caixa de Assistência dos Profissionais para a realização do Prêmio Mútua-Anprotec de Inovação e Empreendedorismo. “Com esse projeto de premiação ao trabalho empreendedor no país, a Mútua dá mais um passo em direção de desenvolver plenamente a sua missão de potencializar o desenvolvimento da área tecnológica e de seus associados, oferecendo oportunidades diferenciadas de reconhecimento e motivação”.
Marcelo Morais lembrou, que felizmente, além da já consolidada e frutífera parceria com a Anprotec, outras já estão em fase de negociação e até mesmo de fechamento. “São parceiros como o Sebrae, CNPq, a Agência Nacional da Águas (ANA), dentre outros, que certamente agregarão valor às iniciativas da Instituição, levando-a para cada vez mais perto de ser a Mútua Ideal”. Jorge Silveira salientou que a premiação é apenas o começo de uma grande mudança prevista para a Caixa de Assistência. “Estamos com diversos projetos para promover a inovação e a transformação da nossa Mútua. Tenho certeza que essa premiação será um grande passo rumo à Mútua que todos nós idealizamos”.
Durante a solenidade o vice-presidente da Anprotec também foi agraciado com um troféu em agradecimento à Anprotec pela parceria e apoio ao projeto da Mútua. Aranha se disse sensibilizado com o projeto desenvolvido em parceria com a Instituição. “Às vezes as pessoas não têm dimensão dos desdobramentos que uma parceria como essa pode acarretar. Ela tem poder de alavancar ideias, projetos, carreiras e até transformar vidas. Parabenizou a Mútua por essa iniciativa e por enxergar que a Engenharia, por meio de incentivos como este tem, sim, o poder de transformar o país”.
Diretora geral da regional paraense da Mútua, a engª. agrônoma Ana Maria Pereira de Faria, se emocionou ao falar da satisfação em fazer parte daquele momento. “Estou muito feliz por poder participar desta premiação tão importante, especialmente quando dentre os premiados existem colegas do meu estado. Contem comigo para lutar por cada vez mais espaço para os jovens no Sistema, pois tenho certeza, são eles que irão reerguer o nosso país”.
Premiados
Os projetos selecionados versam sobre três áreas distintas: Agronomia, Engenharia Civil e Engenharia de Produção. Além de receberem o troféu, certificado e o prêmio oferecido pela Dynamus – parceira da Mútua no Clube Mútua de Vantagens -, os premiados receberam, ainda, o compromisso da Anprotec em apoiar os projetos e apresenta-los às incubadoras parceiras da Associação.
O primeiro projeto a ser apresentado foi o Sistema de gestão agronômico com base em visão artificial, desenvolvido por Miler Ricardo Vicente. O Sistema de gestão agronômica (administrativo e manejo nutricional) com base em visão artificial (processamento digital de imagem), utiliza técnicas de redes neurais, com torre de monitoramento que acompanha o desenvolvimento da planta a partir da coleta e processamento da cor, textura, morfologia e infravermelho das imagens a cada 30 minutos.
Esses dados são transmitidos através de uma rede mesh ou uma rede de malha, enviando os dados para nuvens, aplicando o teorema da internet das coisas (Iot), gerando para o produtor, em tempo real, a necessidade de fertilizantes das plantas. Em suma, explica Miler, o sistema é uma ferramenta de auxílio à tomada de decisões no ambiente agrícola. “Temos à frente um grande desafio, que é aumentar a produção de alimentos de forma sustentável, valorizando o meio ambiente e a mão de obra no campo. Esse sistema poderá integrar todas essas funções, e com certeza termos vencido este prêmio proporcionará mais visibilidade ao projeto e possibilidade de desenvolvimento tecnológico do mesmo”.
A fabricação de materiais de construção civil com base de resíduos de construção e demolição foi o projeto apresentado pela estudante alagoana Cássia Jayne. Segundo a estudante, o projeto difere dos que já são conhecidos, pois a fabricação de materiais de construção civil se dá a base de resíduos de construção e demolição, sem a utilização de quaisquer matérias prima, apenas garrafas PET em estado líquido e diferentes proporções, que serve como o aglomerante do material.
Os materiais (resíduos e garrafas PET) são misturados e lavados ao forno em fôrmas apropriadas até atingirem a homogeneidade e resistência necessária. O processo permite a produção de materiais de construção de excelente qualidade, barateia as construções e evita à utilização de novas matérias primas, além de ajudar na preservação do meio ambiente e possibilitar a geração de emprego e renda. “Achei fantástico ser uma das premiadas e participar da SOEA, pois aqui a gente consegue não só agregar conhecimento, mas formar uma ponte com profissionais já renomados. A Mútua, com a promoção desse projeto oferece uma oportunidade maravilhosa a todos os profissionais”, avaliou Cássia.
O último projeto, desenvolvido por Ingrid Monique, consiste na confecção de um filtro com carvão ativado a partir dos caroços de manga, e surgiu da percepção da dificuldade de comunidades carentes do Pará em terem acesso à água potável para consumo e da grande disponibilidade da matéria prima – as mangas – que são desperdiçadas em grande número na região.
Para a realização do projeto foram utilizadas apenas 15 mangas (Mangifera indica L.). A equipe aproveitou 100% da fruta, com a utilização da casca para produção de farinha- produto que está em processo de análises para decidir onde melhor se encaixa -, e da polpa para feitio de doce em massa. Com os caroços é produzido o carvão ativado para o filtro ecológico feito de garrafa pet, areia e o carvão ativado. Com as 15 mangas, foi obtido 69,75 g de carvão ativado, sendo que no filtro foi utilizado 10g, para filtrar 5 L de água, 2,5 de água da chuva e 2,5 da água da Baia do Guajará.
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