A plataforma Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBr) será para a biodiversidade brasileira o que o Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) é para a produção científica, avalia o diretor de Políticas e Programas Temáticos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Osvaldo de Moraes (foto).
“O portal da Capes é o maior exemplo de como uma estrutura de governo pode ser útil para todas as dimensões, para pesquisadores dos mais diferentes campos do Brasil”, afirmou Osvaldo, durante o lançamento da plataforma, nesta segunda-feira (24), em Brasília.
O SiBBr disponibilizará bases de dados, ferramentas para gestão de coleções biológicas, publicações, qualificação e análise das informações. Os dados contribuirão para subsidiar pesquisas e apoiar o processo de políticas públicas associadas à conservação e ao uso sustentável dos recursos naturais. A plataforma permitirá aos pesquisadores checar, acrescentar, ou mesmo corrigir, as informações ali depositadas.
Para o diretor, o desafio do MCTI, a partir de agora, é manter a estrutura funcionando e oferecer suporte, de maneira a permitir que todos os pesquisadores brasileiros tenham condições de acessar o sistema.
Infraestrutura
O Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCCMCTI) e a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) são parceiros no desenvolvimento, hospedagem e armazenamento de dados do SiBBr.
Na avaliação do diretor-geral da RNP, Nelson Simões, a principal frente é conectar todo o território brasileiro. “São quase quatro mil grupos de pesquisa no país e nós temos cerca de 800 instituições espalhadas no território em mil localidades”, informou.
Ele lembrou que, além de estabelecer a comunicação, é preciso pensar na questão da armazenagem de dados. “A RNP tem empreendido nessa área. Neste ano inauguramos dois centros de dados que irão modelar os serviços de nuvem e armazenamento para a academia brasileira, um deles em Manaus e outro em Recife”, disse. “Com isso vamos conseguir servir como instrumento para elaboração de dados sobre a biodiversidade e preserva-los com segurança e qualidade”.
Simões refere-se aos Centros de Dados Compartilhados do país, localizados no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), em Manaus, e no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE), em Recife. O primeiro foi inaugurado em 8 de maio e o segundo, em 30 de outubro.
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*Com informações e foto da Ascom/MCTI