Quatro painéis marcaram as atividades do Workshop da Anprotec, realizado hoje, 14 de outubro, no auditório do Porto Digital. Durante a programação, convidados compartilharam experiências e informações, com foco na análise das políticas e instrumentos de apoio e fomento aos ambientes de inovação no país. Além dos painéis, o Workshop teve uma sessão especial sobre o Marco Regulatório da Inovação e também a assinatura do Acordo de Cooperação Técnica entre a Anprotec e o Conselho Nacional de Secretários para Assuntos de Ciência, Tecnologia e Inovação (Consecti).
Após a apresentação do tema do evento, realizada pela presidente da Anprotec, Francilene Garcia, o primeiro painel expôs as atuais ações de fomento promovidas por agências governamentais e suas condições de operação. Em seguida, um novo painel retratou a visão dos ambientes de inovação sobre o mesmo tema. A mesa propôs a apresentação de três ambientes em diferentes estágios de operação e suas demandas reais entre as atuais condições oferecidas pelas agências. Os ambientes apresentados foram o Parque Tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (RJ), o Porto Digital (PE) e o Parque Tecnológico de São José dos Campos (SP).
Para avaliar instrumentos e mecanismos de fomento à inovação, participaram representantes de duas entidades internacionais, a Associação de Parques Tecnológicos do Reino Unido (UKSPA) e a European Business and Innovation Centre Network (EBN), para apresentar o modelo implantado nas instituições. A coordenadora de projetos da EBN, Vera Barracho, forneceu detalhes sobre o sistema de qualidade da EBN e a avaliação das incubadoras. “O nosso sistema de qualidade tem mais de 10 anos de existência e foca em pontos essenciais para o desenvolvimento das incubadoras. Um deles é que elas possuam estruturas leves e dinâmicas para preparar 20 empresas por ano para investimentos”, afirmou.
O terceiro painel foi dedicado à apresentação do projeto “Techonology Parks and Incubators for Brazil´s Development”, desenvolvido de forma cooperativa pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e a Embaixada Britânica no Brasil. No último painel, o destaque ficou para a discussão e proposição de políticas de apoio para parques tecnológicos e incubadoras, além da relação entre as instituições e o desenvolvimento do país.
Acordo e homenagem
No final do evento, foi realizada a assinatura de um acordo de cooperação técnica entre a Anprotec e oConselho Nacional de Secretários para Assuntos de Ciência, Tecnologia e Inovação (Consecti). Segundo a presidente da Anprotec, Francilene Garcia, o objetivo é ampliar os sistemas locais de inovação, por meio de parcerias com as Secretarias Municipais de Ciência e Tecnologia e as Fundações de Amparo à Pesquisa. “Com o acordo, poderemos nos unir para discutir sobre a construção e a consolidação de habitats de inovação em diferentes estados brasileiros”, afirmou.
O deputado Sibá Machado (PT/AC) também esteve presente no workshop para comentar sobre os desdobramentos da criação do Código Nacional de C&T&I. Pelo empenho e dedicação no desenvolvimento e implantação do projeto, o deputado foi homenageado pela Anprotec. Segundo Machado, a maior dificuldade para a consolidação das ações é o tempo de aprovação dentro do Congresso. “Nós pretendemos, já na semana que vem, reunir o ministro Marco Antônio Raupp, entidades envolvidas na elaboração do código e governadores dos estados para pressionar a votação de alguns dos mecanismos”, destacou.
*Foto: Mariana Guerra/Divulgação