Ao iniciar o ano de 2015, marcado pelo início do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff, a presidente da Anprotec, Francilene Garcia, avalia o cenário de CT&I e a expectativa em torno da gestão do novo ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo.
Como a senhora avalia o cenário de CT&I?
Estamos iniciando um novo momento na condução de rumos no país e nos Estados da Federação, resultante do processo eleitoral de 2014, momento oportuno para avaliação de desafios e oportunidades. O ano de 2014, em especial para os que militam em prol do empreendedorismo inovador ou atuam como agentes da ciência, tecnologia e inovação no país, foi marcado por importantes eventos: 10 anos da Lei de Inovação; 30 anos de políticas públicas orientadas para Parques de Ciência e Tecnologia (PCTs) e Incubadoras; a aprovação do novo código de CT&I. Ainda em 2014, a redução da capacidade de investimento do FNDCT reforça um cenário de incertezas no tocante aos avanços desejáveis a um sistema nacional de CT&I robusto e competitivo.
Nesse contexto, quais as perspectivas para 2015?
Iniciamos 2015 com a crença renovada de que um dos caminhos para se construir a retomada do crescimento da economia em nosso país é a ampliação e a melhoria na qualificação dos incentivos a uma base produtiva mais inovadora e competitiva, mais bem articulada com os centros de P&D e com sua força de trabalho oportunamente mais capacitada. Nesse cenário, continuamos a posicionar as plataformas de parques científicos e tecnológicos e incubadoras de empresas, mecanismos maduros e presentes em todas as regiões do país, como ambientes parceiros nessa caminhada de superação e transformação da economia de uma forma mais sustentável.
E em relação ao novo ministro de CT&I, qual a expectativa?
A Anprotec e seus associados esperam que o tribuno Aldo Rebelo, novo ministro de CT&I do Brasil, com sua sensibilidade e vasta experiência na compreensão dos problemas brasileiros, considere como crítica e urgente a retomada nos avanços de políticas públicas e de fontes de investimentos para consolidação dessa base produtiva inovadora, tendo os parques e incubadoras como parceiros nas transformações atuais e futuras do país.