Em uma reunião temática realizada hoje, 31 de janeiro, na CAPES, como parte dos preparativos para a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CNCTI), a presidente da Anprotec, Adriana Faria, destacou a importância da inovação no contexto brasileiro. O evento abordou o tema “As Inovações e os Ecossistemas de Inovação”, proporcionando insights valiosos sobre como promover a colaboração entre universidades, empresas e governo.
Adriana Faria iniciou a discussão contextualizando a situação da inovação no Brasil, observando a trajetória no Global Index Innovation. Apesar de uma recuperação na posição nos últimos anos, ela ressaltou a necessidade de transformar o conhecimento em inovação para impulsionar a competitividade global. Adriana propôs a aplicação do conceito da “tripla hélice” como solução para promover a cooperação efetiva entre universidades, empresas e governo, destacando desafios culturais na academia que precisam ser superados.
“A discussão em torno da tripla hélice já perdura por mais de 30 anos, mantendo-se como a principal abordagem para integrar instituições em prol do desenvolvimento inovador do país. Dentro desse contexto, os ambientes de inovação, tais como aceleradoras, incubadoras, parques tecnológicos e hubs, desempenham um papel crucial como elo entre as partes envolvidas. E, nesse sentido, a Anprotec desempenha um papel ativo nessa equação”, afirmou Adriana.
Dentro desse contexto, foram apresentadas algumas proposições práticas para fortalecer os ecossistemas de inovação, incluindo a inclusão de ambientes inovadores na matriz orçamentária do MEC, a criação de uma carreira específica para gestores desses ambientes, e a inserção do tema inovação e empreendedorismo na avaliação da educação superior.
Em complemento, Marcos Arcuri, da CNI, reforçou a importância da tripla hélice na prática, destacando o Instituto Senai de Inovação como um exemplo de sucesso. Ele enfatizou a integração de pesquisadores e a estrutura disponibilizada para empresas desenvolverem projetos de pesquisa.
A necessidade de proporcionar mais espaço para doutores na indústria foi o tópico abordado por Odir Dellagostin, do Confap. Ele apresentou o Programa Doutor Empreendedor, no Rio Grande do Sul, como uma iniciativa que visa apoiar doutores interessados em empreender. O programa oferece bolsa de pós-doutorado, iniciação tecnológica, custeio de plano de negócios, amparo em ambientes de inovação e formação em empreendedorismo.
Silvio Bitencourt, representando a Tecnosinos, destacou a importância dos parques tecnológicos ancorados pelas universidades e a necessidade de compreender a relação entre ciência, tecnologia e impacto socioeconômico. Ele identificou quatro elementos críticos para fortalecer essas relações: um sistema nacional robusto de ciência e tecnologia, missões claras para as universidades, ambientes de inovação eficientes e uma compreensão clara do impacto acadêmico e socioeconômico.
A reunião na CAPES ofereceu uma visão abrangente e prática sobre como impulsionar ecossistemas de inovação no Brasil, enfatizando a importância da colaboração entre setores para enfrentar os desafios atuais e promover o crescimento sustentável. A participação da Anprotec nesse evento destaca seu compromisso contínuo em fortalecer a inovação no país.Confira o evento completo em https://www.youtube.com/watch?v=Qy0QF9NWz4M