Para fechar o segundo dia da 33ª Conferência Anprotec com chave de ouro, a CEO do Invest Amazônia, Mayra Castro, foi convidada para a Plenária 3 que teve como tema “Amazônia de dentro pra fora – conexões e desenvolvimento de parcerias com o ecossistema da maior floresta do mundo”. A sessão contou também com a moderação de Ruth Espinola, professora do IAG na PUC-Rio.
A palestra tratou sobre conexões e parcerias com instituições e com a população da região Norte, além de levar dicas e experiências ao público presente para a criação de pontes baseadas em respeito, inclusão e autenticidade.
Após se apresentar e compartilhar sua trajetória pessoal e profissional, Mayra Castro discorreu sobre o que é a Invest Amazônia, tal qual seu propósito na geração de valor para a região.
A Invest Amazônia é um negócio que une expertise amazônica e experiência internacional. Com uma rede seleta de profissionais qualificados, a instituição cria uma inteligência coletiva para adequar as demandas regionais aos interesses estrangeiros com um design único, específico ao contexto e orientado para oportunidades.
A floresta amazônica tornou-se um ponto crítico nas discussões globais sobre mudanças climáticas e meio ambiente. Porém ela ainda precisa ser vista como um centro dourado de oportunidades de negócio e de investimento. Neste cenário, Mayra ressaltou a necessidade de criar conexões que de fato levem benefícios para a região.
“A Amazônia não pode ser o almoxarifado do mundo, não podemos limitar o potencial da região para o fornecimento de commodity para outros lugares. Comprar recursos da Amazônia para utilizar em outras regiões não é o mesmo que criar relacionamentos que trazem impactos positivos. Isso traz mais benefícios para o destino do recurso do que para a Amazônia”, provocou Mayra.
Segundo Mayra, outro aspecto importante que deve ser citado quando tratamos sobre os negócios focados na preservação da Amazônia é a carência na participação da população local nessas iniciativas. “Existem diferentes modelos de negócios criados pensando na sustentabilidade e desenvolvimento da região, porém raramente enxergamos membros locais nessas iniciativas, e quando vemos ainda é por uma questão de cotas”.
Para encerrar, Mayra pontuou a necessidade de se pensar em escalabilidade, não de produção, mas sim de valor agregado nos recursos produzidos na Amazônia. “Nós falamos sempre sobre a inserção de tecnologia nos recursos, mas também temos que considerar o valor histórico. O caviar, por exemplo, é um produto caro pois é proveniente de um peixe específico, de uma parte específica do mundo, seguindo essa lógica, por que a castanha-do-pará não possui esse mesmo valor agregado? Uma boa história vende e temos que usar isso aqui”.