No segundo dia de evento, 7/11, das 17h15 às 18h45, aconteceu o bate-papo sobre investimento empreendedor, que discutiu as realidades do empreendedorismo acerca de investimentos. Estavam presentes no debate Kamila Camilo, Diretora executiva do Instituto Oyá, Rafael Figueiredo, Chief Transformation Officer – CTO do Município do Recife, Carlos Gabriel Koury, Diretor Idesam de Inovação em Bioeconomia, Jorge Audy, Superintendente de inovação e desenvolvimento da PUC-RS. A moderação foi realizada por Fernanda Bombardi, Vice Diretora do ICE – Instituto de Cidadania Empresarial.
Kamila Camilo iniciou a atividade retratando sua jornada profissional até se tornar ativista e empreendedora social brasileira de iniciativas populares para desenvolver projetos de inovação aberta, responsabilidade social dentro da agenda ESG e ação climática. Em seguida, Jorge Audy falou sobre sua responsabilidade de ser superintendente de inovação e desenvolvimento da PUC-RS e do Tecno-PUC.
Adiante, Carlos Gabriel Koury, falou um pouco sobre sua função de diretor Idesam de Inovação em Bioeconomia da AMAZ, e sua missão como aceleradora de negócios de impacto na Amazônia. Rafael Figueiredo falou sobre as iniciativas de inovação e transformação como Chief Transformation Officer – CTO do Município do Recife, onde tem a responsabilidade de liderar a transformação digital do município.
Rafael explicou como funcionou a construção da estratégia de transformação digital da cidade de Recife que fosse capaz de abarcar a saúde, educação, economia, infraestrutura e etc, principalmente após os desafios financeiros da pandemia. “Em Recife juntamos nosso amor pela cidade com a nossa capacidade técnica, procurando utilizar das particularidades do nosso município, principalmente do ecossistema de inovação Porto Digital, para gerar conexão entre a inovação e o setor público e efetivamente alcançar a população”, afirmou.
Em sequência, Jorge Audy retratou a sua perspectiva e experiência de busca pela transformação da cidade de Porto Alegre em um grande ecossistema de inovação de classe mundial. “O primeiro ponto mais importante é entender que quem faz isso é gente, para fazermos inovação precisamos de gente capacitada para a construção de um ecossistema. O segundo é a capacidade dessas pessoas construírem uma visão de futuro compartilhada, que seja robusta e desafiadora o suficiente para motivar esse grupo de pessoas. E o terceiro é gerar lideranças alinhadas em todas as hélices, no governo, universidade, sociedade, que tenham uma mesma visão, exerçam influência e sejam capazes de conduzir eficientemente esse processo”, explicou.
Complementando a fala de Audy, Kamila Camilo explicou a importância da diversidade e diálogo com diferentes atores para a construção de uma agenda comum entre stakeholders e com a sociedade. “A primeira coisa é entender que não existe uma mesma visão, é importante entender que cada organização e até indivíduo possui uma perspectiva própria mesmo que seja acerca do mesmo objetivo socioambiental. Por isso é importante observar e entender o que realmente importa para cada stakeholders, seja fama, dinheiro, reconhecimento, ajuda humanitária, entre outros, porque no final do dia estaremos negociando com pessoas. É nosso papel entender os processos de influência e desejos da sociedade e levar esses agentes a falarem de pautas relevantes como a agenda global”, ressaltou.
Voltando um pouco o debate para a bioeconomia, Carlos Gabriel retratou sobre a sua experiência onde mesmo em meio a desafios vê um brasil querendo fazer a bioeconomia acontecer. “Nós temos referências históricas muito boas de cases que deram muito certo, como a borracha, milho, açaí, batata e tantas outras coisas. Focando na Amazônia, nós também temos dados positivos, onde 50% da área já está com sua estruturação planejada, como proteção, reserva legal e tantos outros. E eu creio muito nesse futuro permeado de inovação e tecnologia que nos dão esperança de uma resolução mais ágil a partir dos ecossistemas de inovação, principalmente nacional”, afirmou.