Ao longo dos últimos anos, muitas organizações têm implementado políticas afirmativas voltadas para promover a inclusão da mulher no setor de TI. Mas, como alertou o estudo W-Tech, lançado no ano passado pelo Observatório Softex, as mulheres representam apenas 13,3% das matrículas nos cursos presenciais de graduação em Computação e Tecnologias da Informação e 21,6% nos de Engenharia e correlatos. No mês da mulher, vale baixar o estudo e fazer uma reflexão sobre a importância de se promover a atração feminina – desde a academia – para esse mercado tão estratégico para o país.
De acordo com a estimativa do IBGE (2022), o Brasil possui uma população de 214,3 milhões de pessoas, sendo 51,13% predominantemente composta por mulheres e 24% por jovens adultos de 25 a 39 anos. Apesar de a demografia brasileira indicar uma distribuição equilibrada de gênero da população e de que a participação feminina também seja relativamente balanceada no setor de serviços do mercado de trabalho (ocupando 52,6% do estoque de trabalho do setor formal, de acordo com a RAIS, 2019), quando se observam especificamente as atividades econômicas constituídas pelos setores de telecomunicações, tecnologia da informação e conteúdo e mídia, nota-se uma assimetria na composição dos trabalhadores em praticamente todos os segmentos.
Para entender melhor, segundo o Novo CAGED (2021), os serviços de Informação e Comunicação garantiram 1,05 milhão de trabalhadores formais no mercado em 2021, número que vem crescendo consistentemente desde o início da série histórica (2007), com um aumento de 12,7% em 2021 em relação a 2020. De acordo com a RAIS (2019), pouco mais de um terço (35,6%) dos empregados desse segmento era formado por mulheres. Deste recorte, destacam-se três subsegmentos: Atividades de prestação de serviços de informação, Telecomunicações e Atividades dos serviços de tecnologia da informação, que juntos responderam por mais de 85,5% dos trabalhadores desse mercado em 2021.
O estudo está disponível neste link.