Ainda no primeiro dia da 30ª Conferência Anprotec de Empreendedorismo e Ambientes de Inovação, foi realizada a Oficina de Cidades Inteligentes, que trouxe a discussão dos ambientes regulatórios e as tecnologias e inovações que têm alterado os modelos de engajamento através da disrupção provocada pela inovação.
Participaram da oficina, Robert Jansen, CEO da aceleradora OBr.Global e Claudia da Matta, diretora executiva do Observatório Brasileiro de Cidades Inteligentes (OBCI).
A regulação ora em prática está desconectada da atual realidade advinda dos desdobramentos pela inserção de novas tecnologias. Quais então seriam as melhores práticas legislativas que conseguem harmonizar o resultado para preservar o novo benefício advindo da tecnologia enquanto proteger os diretos dos atores que participam do ecossistema?
Além dessa questão, também foram debatidos pontos como: serão as cidades os grandes demandantes de tecnologia e soluções inovadoras? Quais os programas que são atrativos para startups nas principais capitais mundiais? Cidades mais humanas, inteligentes e sustentáveis são o futuro?
Robert Jansen inciou a oficina apresentando o OBCI – Observatório Brasileiro de Cidades Inteligentes, criado pelos parceiros Assespro, iCities, OBr.global e InfinitePar, que a partir do Vale do Silício, estudou seis cidades visando mapear as melhores práticas mundiais para auxiliar na regulamentação adequada de cidades inteligentes e das tecnologias disruptivas que traz, dentro da realidade brasileira.
“Nós precisávamos de um projeto específico que pudesse consolidar essa iniciativa, porque percebemos que, em questão de cidades inteligentes, existia uma lacuna muito grande a ser preenchida. Atualmente, vivemos um tsunami tecnológico e estamos despreparados para ele, principalmente em questões regulatórias. Por isso, o observatório é muito importante para olharmos para casos consolidados” afirmou Jansen.
Em seguida, Claudia da Matta, que atua como diretora executiva do OBCI no Vale do Silício, apontou algumas mudanças que são esperadas nos Estados Unidos com a mudança na presidência e como isso pode servir de modelo para o Brasil.
“Aqui nos EUA, os órgãos do governo estão fechados por conta da Covid-19, está sendo um grande desafio pois essas instituições sempre tiveram a abordagem de atendimento pessoal e agora eles precisam pensar em soluções para interagir com a população de maneira remota. Outro ponto que está sendo bastante discutido é a votação por blockchain, devido às polêmicas de fraudes na eleição americana, muitas pessoas estão falando sobre isso. Com a eleição do Biden, é esperado que as pautas climáticas, de transporte e energia sustentável ganhem prioridade. Com isso o governo vai investir na convocação de startups que possam trazer soluções para esses problemas”. pontuou.
Após a apresentação do OBCI, os participantes interagiram com o público para responder questões sobre cidades inteligentes e outros pontos pertinentes ao tema.