Ao longo do Seminário Nacional, foram realizadas cinco sessões plenárias. Os eventos debateram temas variados e discutiram desde como os parques tecnológicos podem estimular o desenvolvimento de cidades criativas até como os habitats de inovação podem atuar na promoção da internacionalização de empresas.
A sessão plenária de abertura, que aconteceu no dia 19 de setembro, abordou o tema principal do evento: “Parques e Incubadoras: revelando e integrando novas rotas de desenvolvimento”. A discussão foi moderada pela presidente da Anprotec, Francilene Garcia, e contou com a participação do diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Jorge Samek; do coordenador da Inteligência Competitiva da ABDI, Rogério Araújo; do secretário de Inovação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Nelson Fujimoto; e do presidente da Finep, Glauco Arbix.
Abordando como os parques e incubadoras podem se alinhar às estratégias nacionais do país, o secretário de inovação do MDIC, Nelson Fujimoto, explicou a relação que existe entre os ambientes de inovação e o Plano Brasil Maior. “Nada acontece internamente. Tudo acontece em um território e o parque tecnológico ajuda a consolidar essa visão de desenvolvimento regional. É através deles que vamos desenvolver serviços de ata qualidade e competência”, analisou. Ele também destacou a importância dos parques na atração de centros de Pesquisa & Desenvolvimento e na promoção do empreendedorismo inovador.
Já segunda sessão plenária do evento, também realizada no dia 19, discutiu o assunto “Open Innovation: o papel das incubadoras de empresas e parques tecnológicos”. A atividade foi mediada pelo vice-presidente da Anprotec, Jorge Audy, e teve a participação de dois painelistas: André Saito, diretor técnico do Open Innovation Center Brasil, e Markus Will, pesquisador do Fraunhofer IPK. “Queremos jogar luz na caixa-preta da inovação”, disse Will. O pesquisador apontou que os parques e incubadoras podem ter como uma de suas funções ajudar as organizações instaladas neles a gerenciar seus ativos intangíveis. “O ‘Intellectual Capital Statement’ [método desenvolvido pelo Fraunhofer] pode ser aplicado em clusters e, inclusive, em regiões”, afirmou.
No dia 20 de setembro, ocorreram as três últimas sessões plenárias do Seminário. Uma delas discutiu o tema “Parque Tecnológico e cidades criativas: desafios e tendências”. Professor da Universidade Federal de Viçosa (UFV), o arquiteto Paulo Tadeu Arantes foi um dos palestrantes e apresentou, na sessão, diversos cases de cidades e regiões que conseguiram se transformar a partir da criatividade e do desenvolvimento tecnológico. Um deles foi o de Bergen. Localizada na Noruega, a cidade é uma das mais chuvosas do planeta. “Eles também são um polo tecnológico na Noruega e desenvolveram uma tecnologia de captação de água que está sendo exportada para o resto da Europa”, disse Arantes. Como exemplos de parques tecnológicos que trabalham com o conceito de Cidade Criativa, o professor citou os ambientes de inovação de Bilbao, na Espanha, e o Sapiens Parque, de Florianópolis.
Discutindo o tema “Habitats de inovação X Internacionalização de empresas: qual o caminho?”, a quarta sessão plenária do Seminário foi marcada pelo lançamento de uma parceria com a European Business & Innovation Centre Network (EBN) e a apresentação de um modelo de aceleração internacional de negócios Inovadores – desenvolvido por Anprotec e Sebrae. Vera Barracho, da EBN, apresentou informações gerais sobre a instituição, que hoje possui cerca de 250 membros de vários países do mundo, inclusive, de fora da Europa. Em sua apresentação, a gerente destacou o Clube Soft Landing, ação piloto desenvolvida pela EBN. O projeto tem como objetivo criar uma rede parcerias e oferecer serviços a empresas que queiram explorar novos mercados. A ideia é que, no Brasil, a Anprotec atue como “embaixadora” do Soft Landing.
Para concluir o Seminário, a última sessão plenária propôs uma questão: qual é o futuro do movimento nos próximos 25 anos? Para discutir a pergunta, o debate reuniu quatro visões diferentes que integram o movimento de empreendedorismo inovador: a dos gestores dos ambientes de inovação, a dos empresários, a das universidades e a do governo. A presidente da Anprotec, Francilene Garcia, atuou como mediadora. “Precisamos ver o que está por vir em termos de modelo e sustentabilidade para os ambientes de inovação. Além disso, temos que ver o panorama mundial: que avanços as incubadoras e parques de fora têm alcançado”, disse.
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