As cinco incubadoras contempladas no Programa de Apoio à Incubadoras (PRÓ-Incubadoras), edital N°019/2014, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) receberam visita técnica de consultores da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec).
As visitas foram realizadas no período de 11 a 13 de fevereiro na sede de cada incubadora que participa do programa: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas (Ifam), Centro de Incubação e Desenvolvimento Empresarial (Cide), Fundação Amazonas Sustentável (FAS) e Universidade do Estado do Amazonas (UEA).
O objetivo da visita foi verificar o grau de implementação das práticas do Modelo de Centro de Referência para Apoio a Novos Empreendimentos (Cerne) e indicar melhorias para cada gestão poder alcançar a certificação Cerne.
Segundo informações do Departamento de Avaliação e Acompanhamento de Projetos (Deac), responsável pelo programa PRÓ-Incubadoras na Fapeam, a metodologia Cerne traz às incubadoras a padronização de seus processos, de forma a facilitar o gerenciamento e avaliação de seus indicadores, para tornar a relação com seus stakeholders (em português – partes interessadas) mais dinâmica e com resultados mais adequados.
A Anprotec foi contratada pela Fapeam para acompanhar essas ações por meio de Termo de Convênio assinado em maio de 2014. A visita é importante para que as incubadoras estejam totalmente aptas à certificação do Cerne.
A consultora da Anprotec, Evelin Cristina Astolpho, afirmou que foram evidenciadas evoluções ao longo do processo de implementação do modelo Cerne, principalmente em comparação com a primeira visita.
Segundo a consultora, na visita é avaliado todo o processo no modelo Cerne, uma metodologia que tem várias práticas, que vão desde o processo de atração dos empreendimentos e o desenvolvimento das empresas, até o momento em que elas já estejam maduras o suficiente para saírem da incubadora.
Sobre a importância da certificação Cerne, Evelin conta que o primeiro passo é que a incubadora implemente as práticas visando ter um modelo estruturado de gestão para os empreendimentos. “É ter regras para apoiar melhor os empreendimentos incubados e levar para eles o que necessitam para amadurecer. A certificação dá mais visibilidade para incubadora”, explicou, lembrando que existem no mercado instituições que abrem edital de fomento que aceitam apenas a participação de incubadoras Cerne, como são chamadas.
Visão das Incubadoras
Para a coordenadora de Extensão Tecnológica e Inovação (Ceti) do Inpa, Noélia Falcão, a implantação do modelo Cerne, desenvolvido pela Anprotec, é fundamental para que se tenha um norte de gestão da incubadora.
“Estamos satisfeitos com o resultado do trabalho que já vem sendo realizado desde 2015. Fizemos o máximo, mas há sempre algo a melhorar. Eu espero que depois da avaliação seja apontado possível melhoramento para que possamos fazer aplicação nesse modelo”- disse, destacando que o apoio concedido pela Fapeam foi fundamental.
Rosália Padilha, coordenadora do projeto do PRÓ-Incubadoras no Cide, disse que a visita foi importante por servir como balizador, no qual a equipe teve a oportunidade de verificar em cada processo, as práticas colocadas no papel e identificar as que não foram executadas.
“As dicas foram excepcionais para melhoria contínua. Eu considero a metodologia Cerne como um presente para a incubadora. Eu só tenho a agradecer à Fapeam, por meio do PRÓ-Incubadoras, que veio em momento importante no qual estávamos buscando reestruturar o Cide”, enalteceu.
Para a coordenadora sistêmica da Ayty (em Tupi-Guarani significa Ninho) do Ifam, Maria Goretti Araújo, a vinda de consultores da Anprotec é importante para se fazer uma análise, com objetivo de saber se a incubadora está atuando da forma correta, conforme os procedimentos do Cerne, para sua certificação.
“Avalio de forma positiva a visita técnica da Anprotec para verificar se estamos no caminho certo do modelo. Fica muito mais fácil conseguir a certificação com as orientações. O PRÓ-Incubadoras foi um programa fantástico para a Ayty”, disse.
Modelo Cerne
Criado pela Anprotec, em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o modelo Cerne adota níveis de maturidade que representam um passo da incubadora em direção à melhoria contínua: Cerne 1,2,3 e 4. Em Manaus, a visita técnica foi para comprovação da implantação das práticas relevantes do Cerne 2, nas incubadoras participantes do programa, cuja a importância visa elevar o nível do Estado, rumo ao desenvolvimento regional de melhorias, especialmente em relação à qualidade do processo de incubação de empresas.
Lançado em 2014, por meio da Fapeam, o PRÓ-Incubadoras contou recursos para auxílio pesquisa e bolsas, com a finalidade de fomentar a estruturação de novas incubadoras e desenvolver empresas de acordo com o Cerne. No total, 43 empresas fazem parte das incubadoras apoiadas pela Fapeam no Amazonas.