As profissões técnicas estão cada vez mais complexas e a operação tem exigido crescentes conhecimentos e habilidades tecnológicas dos operadores. Como consequência disso, as economias têm buscado adaptação ao novo cenário, passando, inevitavelmente, pela modernização dos sistemas de ensino profissionalizante. Nessa esteira ocorre o engajamento das instituições de educação profissional ao fenômeno da inovação. Colleges, Politécnicas, Liceus e Institutos convergem para a revitalização dos currículos e das metodologias educacionais numa intensidade surpreendente e sensivelmente maior do que a academia, em geral.
No Brasil a “educação profissional” já é legalmente “tecnológica” (Capítulo III da LDB, Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996). As redes de educação profissional se expandiram e tem se consolidado como alternativa viável de profissionalização para uma significativa parcela da população, anteriormente restrita a oportunidades laborais e ocupações modestas. A Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica e os Serviços Nacionais de Aprendizagem são os sistemas mais consolidados. Algumas redes estaduais são igualmente estruturadas e todas as Unidades Federativas registram expansão das políticas de educação profissional e tecnológica. As instituições privadas também têm respondido, num ritmo próprio, à valorização das profissões técnicas e tecnológicas.
Nesse contexto, delineiam-se oportunidades ainda não estimadas de empreendedorismo e inovação, no Brasil e no mundo. Os ecossistemas de inovação têm registrado a ampliação da participação do setor, notadamente no interior e nos polos regionais de desenvolvimento.
A Anprotec responde a esse fenômeno ao criar a área temática da educação profissional e tecnológica junto ao Grupo Estendido de Dirigentes (GED) e convida a todas as entidades do setor a participar ativamente do desenvolvimento do empreendedorismo inovador no Brasil.
Líder Temático: Luciano de Oliveira Toledo
É Engenheiro Florestal DSc e professor do Instituto Federal do Espírito Santo desde 2006. Foi Pró-Reitor de Pesquisa e Inovação do Instituto Federal de Brasília e gestor no Ministério da Educação entre 2011 e 2016, onde colaborou com o Pronatec e com a criação da política de inovação da Rede Federal. Atualmente, ocupa o cargo de Pró-Reitor de Desenvolvimento Institucional do Ifes.