O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, reiterou a missão da Pasta frente às reivindicações da entidade Anjos do Brasil para expandir os investimentos em empresas inovadoras no País. “O Ministério tem compromisso com as reivindicações da Anjos do Brasil. Estamos reintegrando as reivindicações a um inventário de sugestões e propostas que levarei à Presidenta da República para remover os óbices à ciência, pesquisa e à inovação no Brasil”, afirmou, em palestra nesta quarta-feira (24), no 3º Congresso de Investimento-Anjo, em São Paulo.
Das reivindicações do setor foram mencionadas o fim da burocracia e a redução da carga tributária. O ministro reforçou que o MCTI “irá criar todas as condições” para um ambiente favorável aos investimentos-anjo. “A inovação é elemento dinâmico, decisivo, e, hoje, cada vez mais presente nos processos de desenvolvimento da economia do mundo e das nações. A capacidade de inovar está diretamente ligada à capacidade da economia de ampliar as oportunidades de trabalho, gerar empregos, rendas e tributos de alta tecnologia”, disse.
Investimento-anjo é uma prática crescente no País e no mundo, e consiste na junção entre capital e inteligência capaz de apoiar o desenvolvimento de negócios de alto impacto. O foco desse tipo de investimento são empresas inovadoras de alto potencial. A terceira edição do congresso, promovido pela organização sem fins lucrativos Anjos do Brasil, entidade que tem por objetivo fomentar o crescimento do investimento-anjo para apoio ao empreendedorismo de inovação, reuniu palestrantes do governo, do setor privado e entidades, nacionais e internacionais, para dialogar sobre o desenvolvimento desse mercado no Brasil, as tendências e melhores práticas.
No evento foram apresentados temas que mostram como a atuação desses investidores contribui para a economia e para o crescimento das organizações, evolução no Brasil, tendências setoriais, investimento-anjo no mundo, crowdfunding, clubes de investimento, plataformas, políticas públicas de estímulo e oportunidades. De acordo com a Anjos do Brasil, os investimentos-anjo somam hoje no Brasil R$ 688 milhões e tem potencial de desenvolvimento, em 2015, de R$ 1,4 bilhões.
“Eu creio que o Estado, o governo, deve prestar muita atenção e apoiar com zelo, carinho, entusiasmo, com medidas concretas, compreender profundamente a natureza de ações, de iniciativas como essa da Anjos do Brasil. É com essa visão, essa missão, que temos instruído os nossos servidores no MCTI. Eu quero que vocês contem conosco”, afirmou Aldo Rebelo.
Desafios
O presidente da Anjos do Brasil, Cassio Spina, que esteve reunido com o ministro, em Brasília, no mês de abril, para dialogar sobre a situação das empresas de base tecnológica no País, reforçou que é preciso dar proteção jurídica ao investidor anjo, por meio de uma regulamentação, e elaborar políticas de estímulo para o investimento anjo. “Investimento-anjo tem papel crítico no financiamento das empresas nascentes. As pesquisas mostram que empresas que receberam esses investimentos crescem mais e se desenvolvem mais rapidamente, isso pode fazer a diferença para o empreendedorismo brasileiro”, afirmou.
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*Com informações e imagem da Ascom/MCTI