Nas atividades que antecederam a Conferência da NBIA, a presidente da Anprotec, Francilene Procópio Garcia, participou do NBIA Global Innovation & Entrepreneurship Forum, onde foram discutidos processos de avaliação, certificação e acreditação de ambientes de inovação. Também participaram do encontro, a presidente da Associação Canadense de Incubadoras de Empresas (CABI), Gail Gillian-Bain, o presidente da Associação Sueca de Incubadoras e Parques Tecnológicos, Magnus Lundin, e o diretor de projetos internacionais European Business Network (EBN), Robert Sanders.
A presidente da Anprotec, Francilene Garcia, apresentou o processo de concepção e implantação do modelo Cerne nas incubadoras brasileiras. A plataforma, criada em parceria com o Sebrae, tem como objetivo estabelecer um padrão de atuação para as incubadoras para expandir a capacidade de geração de empreendimentos de sucesso. “Como foram feitos workshops antes de sua implantação, o Cerne já era conhecido no momento em que passou a ser adotado. Hoje, das 140 incubadoras que aderiram ao Cerne, 62 já estão em processo de certificação”, afirmou. Como resultado, as incubadoras melhoraram seus mecanismos de monitoramento, gestão e a aceleração de empresas.
Para a presidente da Cabi, Gail Gillian-Bain, a iniciativa brasileira foi acertada desde o começo. “Assim como no Canadá, vocês, no Brasil, tiveram tempo de revisar antes de implementar, o que acho que traz melhores resultados em vez de ‘correr’ para a aplicação”, disse. Na opinião do presidente da SISP, Maguns Lundin, o Cerne é um ótimo modelo de trabalho. “Estou ansioso para compartilhar as lições aprendidas pela SISP e pela Anprotec nos seus modelos e ver como podemos cooperar”, afirmou.
SISP
Magnus apresentou o programa de incubação da Suécia, que iniciou direcionado para a consolidação da estrutura das incubadoras locais e, a partir deste ano, passou a ter foco no resultado das empresas incubadas. Depois, ele mostrou o desenvolvimento de uma plataforma de aprendizado compartilhado, em que a SISP desenvolveu um framework sobre a atuação dos parques suecos, destacando o que fazem e como fazem. “Utilizando a mesma descrição de processos podemos apoiar o desenvolvimento entre os parques, pois os gestores passam a utilizar a mesma linguagem para fazer revisões e comparações entre eles”, afirmou.
Como resultado desse modelo, Lundin destacou o maior engajamento entre os parques e também o aprendizado dos gestores sobre performance, resultados e o impacto de suas organizações.
EBN
Criada em 1984, a EBN iniciou um processo de certificação de incubadoras com o objetivo de criar um benchmarking que favorecesse potenciais empreendedores em busca de onde se instalar e também como forma de favorecer os investimentos públicos. “Com a autonomia das regiões europeias para a destinação de recursos a diferentes programas, é importante ter um sistema de benchmarking para que as incubadoras conquistem financiamento de forma mais fácil”, afirmou Sanders.
No programa da EBN, as incubadoras respondem a um questionário online de avaliação, que leva em conta critérios de qualidade e performance dos seus serviços. O questionário é revisado e passa por uma auditoria, gerando um sistema de qualidade das incubadoras avaliadas. “Nosso próximo passo é partir para a busca de informações sobre as empresas incubadas, pois estamos interessados nos serviços oferecidos, aquilo que as empresas precisam, e não somente o networking entre as incubadoras”, conclui o diretor.
CABI
A presidente da Canadian Association of Business Incubation (CABI), Gail Gillian-Bain, apresentou um programa de acreditação para certificação, direcionado aos mais de 150 associados da CABI – incubadoras, aceleradoras e institutos de ensino superior. O sistema local de cada uma dessas instituições é comparado com melhores práticas, que incluem questões sobre a incubadora, a infraestrutura, o programa de incubação, a equipe de gestão, sua sustentabilidade e viabilidade, além do crescimento das empresas.
“Se uma organização não está apta a conseguir a acreditação, trabalhamos com elas por meio de programas de treinamento e oportunidades, para que cheguem até o nível de acreditação, a partir dos serviços de consultoria que oferecemos”, explicou Gail. A acreditação é renovada a cada dois anos, e o processo de certificação é distinto para cada tipo de organização.
Confira os também os vídeos:
Presidente da Anprotec, Francilene Garcia, fala sobre a participação brasileira na 29ª Conferência da NBIA.
Superintendente-executiva da Associação, Sheila Pires, comenta os principais destaques do evento que faz parte da programação da Missão Técnica 2015.