A 21ª edição do Americas Competitiveness Exchange (ACE), promovida pela Organização dos Estados Americanos (OEA), está acontecendo em Belém, no Pará, entre os dias 25 e 29 de agosto de 2025. Com o tema “Inovação para a Preservação Ambiental e Desenvolvimento Social”, o evento reúne representantes de governos, agências de fomento, universidades e empresas das Américas para discutir oportunidades de cooperação, inovação sustentável e desenvolvimento econômico na região amazônica. A programação inclui visitas a instituições chave, como a Embrapa Amazônia, o Parque de Ciência e Tecnologia Guamá, o Ecoparque Benevides e a Universidade Federal do Pará (UFPA), além de painéis, tours e networking com autoridades locais, incluindo o governador do Pará, Helder Zahluth Barbalho.
Um dos destaques do evento ocorreu nesta quarta-feira (27), no Teatro Waldemar Henrique, com o painel “The Brazilian Innovation Ecosystem”. Moderado por especialistas, o debate proporcionou uma visão abrangente sobre o ecossistema de inovação e empreendedorismo no Brasil, destacando instituições líderes como a Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial), a Anprotec (Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores) e a ApexBrasil, entre outras. O objetivo foi explorar mecanismos de apoio à inovação, instrumentos de fomento e a importância da articulação entre governo, universidades, empresas e sociedade civil para promover o desenvolvimento sustentável.
A presidente da Anprotec, Adriana Ferreira de Faria, foi uma das palestrantes desta seção, compartilhando sua visão sobre o papel das entidades promotoras de inovação no fortalecimento de ecossistemas empreendedores. ““A experiência brasileira mostra que parques tecnológicos, incubadoras e aceleradoras, quando articulados em rede e apoiados de forma consistente, são os espaços que de fato fazem a ponte entre as três hélices da inovação — universidade, empresas e governo. Esses ambientes conectam a pesquisa acadêmica com o mercado e funcionam como a motriz da inovação, capazes de gerar impactos concretos tanto na economia quanto na sociedade. Fortalecê-los por meio de políticas públicas, recursos e marcos regulatórios é estratégico para avançarmos em uma inovação que valorize a diversidade regional, preserve o meio ambiente e contribua para melhorar a qualidade de vida da população”, afirmou Adriana.
Ao lado dela, participaram dois ex-superintendentes da Anprotec, Guilherme Calheiros, hoje diretor de Planejamento e Gestão da Embrapii, e Sheila Pires, atual diretora do Departamento de Apoio a Ecossistemas de Inovação do Ministério da Ciência. Além deles, completaram a mesa Ryan Ramkhelawan, cofundador e sócio-gerente da Lasting Machine Ventures; Juliana Costa Vasconcelos Alencar, analista de investimentos da ApexBrasil. O painel enfatizou oportunidades de cooperação internacional, com foco em projetos que integram ciência, tecnologia e inovação à estratégia de desenvolvimento econômico do Brasil, especialmente na Amazônia.
O ACE Belém continua até sexta-feira (29), com mais painéis sobre políticas públicas para o desenvolvimento, visitas a projetos de bioeconomia como a Casa do Chocolate Dona Nena na Ilha do Combu, e uma cerimônia de encerramento no Gasômetro, incluindo o anúncio do próximo anfitrião do evento. Essa edição reforça o compromisso das Américas em unir esforços para reconstruir economias mais verdes e inclusivas, com Belém como palco simbólico para debates sobre preservação ambiental e crescimento social.