As enchentes ocorridas nas últimas semanas no Rio Grande do Sul, somadas às catástrofes recentes em outros estados em anos anteriores, colocam em evidência a necessidade de soluções inovadoras para a prevenção de novas ocorrências e a reestruturação de áreas afetadas.
Neste cenário, a Anprotec, em parceria com a Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (Sict), Rede Gaúcha de Ambientes de Inovação (Reginp), Associação Gaúcha de Startups (AGS) e o GovTech Lab, está realizando um mapeamento de soluções tecnológicas e iniciativas desenvolvidas nos ambientes de inovação do Estado voltadas à mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.
O mapeamento é fruto de um trabalho realizado pelo GovTech LAB, que é um hub com iniciativas voltadas para serviços e soluções tecnológicas que poderão ser utilizadas também por entes públicos, municípios e instituições.
“Quando essa crise começou no Rio Grande do Sul, ficou evidente que as soluções tecnológicas desenvolvidas em startups e outras instituições podem contribuir nesta demanda de reconstrução. Por isso, reunimos um grupo com entidades do ecossistema de inovação e formalizamos a ideia de mapear e selecionar essas soluções”, afirma Artur Gibbon, Diretor de Ambientes de Inovação da Anprotec, que também atua no apoio ao GovTech LAB.
A CEO da GovTech LAB, Téo Foresti, enxerga que a cooperação entre governo e instituições privadas com foco em inovação é um ponto primordial nesse período de reconstrução. “Nosso banco de dados possui, atualmente, 243 soluções cadastradas que estão sendo compartilhadas com a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do RS”. Téo complementa ainda que “o GovTech Lab facilita parcerias estratégicas com o setor público, permitindo a contratação de tecnologias por meio de compras públicas. Isso contribui significativamente para a mitigação dos impactos climáticos e a construção de um futuro eficiente e sustentável, beneficiando os cidadãos que utilizam os serviços públicos oferecidos”.
O mapeamento conta com a colaboração de instituições de ensino superior, pesquisadores, empresas, startups, grupos de trabalho, institutos científicos e organizações, de forma a contribuir com mecanismos inteligentes para prevenção e diminuição de danos causados por desastres ambientais, especialmente decorrentes do processo de mudança climática, e que possam ajudar de maneira efetiva a enfrentar os danos causados nos últimos anos em decorrência das enchentes nas cidades e no meio rural.
A presidente da Reginp e Head de Startups do Tecnopuc-RS, Daniela Eckert, ressaltou o papel dos ambientes na elaboração do mapeamento. “Os ambientes associados à Reginp podem contribuir em várias frentes relacionadas com o mapeamento de soluções, tanto na conexão com as instituições de pesquisa, quanto com soluções que estão sendo desenvolvidas dentro dos ambientes pelas startups. Além disso, o papel do gestor do ambiente no relacionamento com os governos locais é fundamental para uma curadoria mais apurada do que cada região necessita e como as soluções podem atender”.
O catálogo de soluções é uma iniciativa para disponibilizar de forma padronizada e organizada as iniciativas oferecidas de forma voluntária que possam ser utilizadas pela população gaúcha e/ou por órgãos governamentais do RS.
“Já temos mais de 200 soluções cadastradas no mapeamento, e agora vamos trabalhar na criação dessa conexão entre a oferta e a demanda, além de buscar recursos e parceiros para colocá-las em prática e acelerar a reconstrução”, conclui o diretor de Ambientes de Inovação da SICT-RS, Everaldo Daronco.
Para participar, é necessário preencher um formulário disponível em português e inglês, descrevendo brevemente a solução, que pode ser um serviço, uma ferramenta, um equipamento, ou outro, e seu objetivo, além de informações de contato e identificação.