Na manhã de hoje, foi realizada mais uma conferência livre preparatória para a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CNCTI). O tema do encontro foi “Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação e Sustentabilidade”.
A presidente da Anprotec, Adriana Ferreira de Faria, participou do painel 2, que teve como tema “O papel dos Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs) na gestão, transferência de tecnologia e auxílio na valoração da Propriedade Intelectual”.
Além de Adriana, participaram também o presidente do FORTEC, Gesil Amarante, o vice-presidente da ANDIFES, Valder Steffen, e a moderação foi realizada por Samantha Cunha, gerente de Política Industrial da CNI.
Na pauta da discussão, estavam tópicos como a atuação, responsabilidades, desafios e estrutura dos NITs, que serviram como ponto de partida para a abordagem e discussão com os participantes convidados.
Em seu discurso, a presidente da Anprotec abordou a função do NIT como um intermediário entre as instituições da tripla hélice, chamando a atenção para a escassez de recursos nesses atores e destacando que isso é essencial para o desenvolvimento da inovação.
“Hoje nós temos uma legislação, mas ela não equipou as universidades com recursos humanos e financeiros. Temos pessoas extremamente capacitadas e dedicadas nessas instituições, porém em pouca quantidade. A inovação tem que vir da política da instituição, seja da pesquisa, extensão ou empreendedorismo, e para isso, os recursos e as pessoas são fundamentais”, afirmou.
Na sequência, Valder Steffen tratou da atuação dos NITs na busca de parcerias com empresas para transferência de tecnologia. Steffen falou sobre como a transferência de tecnologia é um processo em que o conhecimento científico e tecnológico gerado nas ICTs é traduzido em produtos, processos ou serviços que podem ser comercializados pelas empresas ou outros parceiros. Nesse contexto, os NITs atuam como intermediários facilitando a conexão entre as necessidades e capacidades das empresas e o conhecimento gerado nas ICTs.
Por último, Gesil Amarante falou sobre como algumas pessoas enxergam o NIT como um escritório de PI, em vez de terem uma visão holística de que ele foi criado para ajudar a instituição a gerir sua política de inovação. Amarante concluiu seu discurso com a afirmação de que a PI é algo importante para os NITs, porém não é o que os fundamenta.
O evento foi transmitido online e está disponível em https://www.youtube.com/watch?v=t3LwBhzkNR4
Sobre a 5ª CNCTI
A 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CNCTI) será coordenada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e possui as conferências livres para que aspectos relevantes não deixem de ser destacados e debatidos para a construção dos documentos que resultarão em propostas a serem consideradas na 5ª CNCTI, para formulação de políticas de ciência, tecnologia e inovação.