O ano de 2023 reserva grandes perspectivas para os ecossistemas de inovação do Brasil. O plano do Sebrae é estruturar esses espaços em todas as unidades federativas do país. A instituição deve disponibilizar bolsistas do programa Agentes Locais de Inovação (ALI) para ativar a rede dos ecossistemas e facilitar a atividade de inovação nos territórios. Além disso, dentro do Prêmio Nacional da Inovação, parceria entre Sebrae e Confederação Nacional da Indústria (CNI), serão premiados três ecossistemas brasileiros que mais se destacaram nos dois últimos anos.
Por meio da metodologia de atuação, gestão e monitoramento dos níveis de maturidade dos ecossistemas de inovação, o Sebrae vem, desde 2018, apoiando esses projetos. A iniciativa surgiu em Londrina (PR), mas hoje está presente em todas as regiões brasileiras: são 193 municípios em 23 estados e no Distrito Federal.
Mas, afinal, o que são os ecossistemas de inovação? A analista de inovação do Sebrae, Raquel Minas, explica que são espaços que agregam infraestrutura e arranjos institucionais e culturais, que atraem empreendedores e recursos financeiros, a fim de potencializar o desenvolvimento da sociedade do conhecimento e de empresas inovadoras. A característica principal desse território é a existência de diversos atores de inovação – entre eles, incubadoras, aceleradoras, parques tecnológicos, instituições de ensino, poder público, comunidades de startups, que vão se relacionar e interagir por meio de uma intervenção estruturada, com visão de futuro, ações e metas.
“Quando realizamos o mapeamento e diagnóstico de um ecossistema, o primeiro passo é analisar as vocações econômicas, quais setores têm mais relevância no território e o potencial tecnológico, ou seja, as áreas tecnológicas na quais as instituições de ensino estão formando talentos. Também calculamos o nível de maturidade daquele ecossistema – inicial, em estruturação, em desenvolvimento ou consolidado”, explica Raquel. “A atuação junto aos ecossistemas de inovação é fundamental para promover a inovação junto aos pequenos negócios”, complementa.
Cada ecossistema deve ter a sua governança, que é quem vai liderar e articular as ações no seu território. Diversas ações realizadas por cada ecossistema, como eventos, fortalecimento dos ambientes de inovação, melhoria das leis municipais de inovação e rodadas de investimento nas empresas inovadoras podem contribuir para incrementar os indicadores de inovação dos ecossistemas. “Vemos o aumento do número de negócios inovadores em cada localidade, na representatividade dessas empresas no município, no volume de empregos gerados em áreas de inovação. Então, a gente consegue perceber que os ecossistemas de inovação têm transformado a realidade local e promovido o desenvolvimento”, ressalta Raquel Minas.
Fonte: Agência Sebrae de Notícias