Aconteceu na manhã de hoje (6), o tradicional Fórum Sebrae de Inovação, que busca entender o futuro da agenda da Ciência, Tecnologia e Inovação no Brasil. A abertura do fórum contou com a presença do professor e co-fundador da TDS Company e do Porto Digital, Silvio Meira.
Na introdução, Silvio iniciou sua colocação apresentando a história da internet e do e-commerce. Segundo ele, foi a partir de 2017 que o online começou a ser uma necessidade, e não mais apenas uma opção. Desde então, a internet ascendeu e se consolidou como alternativa principal para comunicar e oferecer conectividade a todos.
Com a pandemia, o crescente espaço digital torna-se ainda mais necessário para a continuidade dos trabalhos, de forma a substituir por um tempo o ambiente físico e posteriormente, complementar esse espaço, inaugurando assim o ambiente figital, o espaço do novo normal.
“Tudo está se desintegrando e a única forma de reintegrar e distribuir é coordenando o que foi desintegrado em uma plataforma figital, que reúne experiências físicas e digitais em uma só jornada. Figital quer dizer tudo e todos e em todo lugar”, afirmou.
Silvio explicou ainda que com a flexibilidade combinatória, quase tudo flui em fluxos em redes figitais, com experiências fluidas construídas no espaço digital e físico, com conectividade, diversidade e desintegração. Para coordenar e fazer com que as jornadas fluam minimamente é necessário o uso de padrões e de auto organização incrementadas de forma interativa nas plataformas.
“Não existe digital pronto, esse ambiente é escrito e reescrito o tempo todo. Negócios deixaram de ser apenas estoques e fornecimentos de produtos e passaram a ser experiências habilitadas por plataformas figitiais”, completou.
O papel principal de uma plataforma é a interação, a construção de relacionamentos, a união de significados e a constituição de comunidades em efeitos de redes. Diferentemente do espaço físico, o digital é sobre pessoas, principalmente na dimensão social da palavra, de forma a complementar e alimentar ambientes analógicos e demandar adaptações e evoluções dos agentes.
“Depois da abertura da plataforma figital da Magalu, nenhuma loja da empresa foi fechada, pelo contrário, elas aumentaram. Porém a experiência do consumidor mudou. Por isso, transformar é um problema de estratégia, e empreender e investir no espaço figital requer estratégia contínua somada a criatividade, conhecimento, entendimento e atendimento, de forma a descobrir funcionalidades e performances para atuar no cenário figital”, explicou.
Silvio deu sequência a sua palestra explicando a importância da mudança de comportamento e entendimento dos agentes inovadores, porque é dela que deriva a transformação. Neste contexto, ele apontou as mudanças nas organizações desde a revolução industrial, que era composta basicamente por hierarquias, até os dias de hoje na revolução do figital, que requer mudanças no processo de aprendizado e na performance dos negócios, que devem ser pautados pela descentralização e distribuição da comunicação.
“Fazendo isso nós garantimos o uso de dados e algoritmos para combinar produtos e serviços com experiências, substituindo venda e entrega por resultados para pessoas”, ressaltou.
Por fim, Silvio encerrou sua apresentação falando sobre a importância de se ter lideranças transformadoras que entendam que aprender e fazer, são a mesma coisa. Concluiu dizendo que “todo negócio está no negócio de aprender e aprender se tornou onlife; todo bom negócio também é uma boa escola e negócios sustentáveis se organizam como escolas; boas escolas conectam educação e experiência e bons negócios conectam pesquisa e desenvolvimento, e é por isso que negócios que aprendem são escolas de fazer”.