Em seminário comemorativo pelos 70 anos da instituição, ministro Paulo Alvim destacou importância estratégica do conselho para o ministério
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Paulo Alvim, reforçou o compromisso do ministério de dar apoio financeiro e ampliar investimentos no Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq), durante abertura de seminário comemorativo pelos 70 anos da instituição, nesta terça-feira (26). O ministro reforçou que a agência vinculada é um braço estratégico na atuação do MCTI.
“Neste momento, todos os compromissos que existiam com o CNPq foram honrados”, afirmou Paulo Alvim. Como exemplo de investimentos futuros, o ministro lembrou o total de R$ 1,7 bilhão de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) já comprometido para ser utilizado neste ano de 2022. “Isso está voltando a irrigar a área da ciência e tecnologia brasileiras. E uma das prioridades é o fomento do CNPq”, garantiu.
O ministro do MCTI reforçou que o país precisa investir em ciência e tecnologia para ter soberania. “Não existe futuro, não existe um país mais incluso e sustentável sem investir em ciência e tecnologia”. Segundo Paulo Alvim, o Brasil deve muito ao CNPq na trajetória de 70 anos da instituição. “Como ex-bolsista, é emocionante estar comemorando este evento. Tenho a agradecer como cidadão, como profissional e como ministro”, afirmou.
O Seminário “70 Anos do CNPq (1951-2021) – Passado, Presente e Futuro: Pensando e Transformando o Brasil”, é uma realização do CNPq e da Academia Brasileira de Ciências (ABC). O evento, realizado até quarta-feira (27), marca o encerramento das atividades em referência aos 70 anos do Conselho, celebrados em 2021, e conta com a participação de importantes nomes da comunidade científica e gestores do Sistema Nacional de Ciência e Tecnologia.
Parceria
Na abertura do evento, o presidente do CNPq, Evaldo Vilela, afirmou que na trajetória de 70 anos o conselho ajudou a construir a comunidade científica do país e tem como princípio entregar benefícios para a sociedade. “O CNPq é parte intrínseca do futuro deste país. Um país não pode sobreviver sem instituições de ciência e pesquisa. Elas são essenciais para a construção de um país mais justo, menos desigual e com o devido reconhecimento aos nossos talentos”, reforçou.
O presidente do CNPq ressaltou o constante diálogo mantido pela instituição com o MCTI e com outras entidades representantes da comunidade científica. “A ciência é algo diferenciado e isso nos traz dificuldades. Para enfrentar os desafios, nos unimos em parceria”, frisou.
O presidente da ABC, Luiz Davidovich, lembrou o entrelaçamento das histórias da Academia Brasileira de Ciências e do CNPq. Segundo ele, o auxílio à ciência no Brasil começou em 1951, com a fundação do CNPq, coroando um esforço da comunidade científica nacional, que teve início com a fundação da Academia Brasileira da Ciência, em 1916. “Essa união marcou o passado, persiste no presente e é um sólido sustentáculo para o futuro da ciência e da inovação no país”, afirmou.
Davidovich disse que o CNPq, com o programa de bolsas e auxílio á pesquisa, estabeleceu um padrão de qualidade e de excelência para a comunidade científica brasileira. Ele apontou que em 1951, o número de pesquisadores no Brasil não passava de uma centena. Já em 2016, o país contava com cerca de 200 mil pesquisadores. “Isso é CNPq. É a vitória e o sucesso em números.”
Revista
A abertura do seminário contou com o lançamento da REVISTAq, uma edição comemorativa pelos 70 anos do CNPq. Outro destaque da cerimônia foi a palestra magna do professor Walter Leal, da Universidade da Califórnia (EUA), sobre o tema “O fomento à pesquisa nos EUA”.
Os dois dias de programação do seminário incluem uma série de painéis e mesas de debates sobre temas como: O papel do CNPq no Sistema de CT&I; A visão das entidades de CT&I sobre o papel do CNPq no fomento à pesquisa; Projetos e Ações Mobilizadoras do CNPq; Referências e Parcerias Internacionais; O Sistema Nacional de CT&I e O Futuro do CNPq.
Com participações presenciais e remotas, o seminário é realizado no auditório da sede do CNPq, em Brasília, com transmissão pelo YouTube do CNPq – https://www.youtube.com/cnpqoficial e da ABC https://www.youtube.com/c/AcademiaBrasileiradeCiencias.
Confira a cerimônia de abertura no Canal do MCTI no Youtube