A bioeconomia envolve um espectro de tecnologias e pesquisas que podem ser aplicadas para melhoria de diversas atividades econômicas de forma sustentável e inovadora, tais como: saúde humana e animal, segurança hídrica, energética e alimentar, químicos renováveis, aumento da produtividade agropecuária e energética, desenvolvimento de processos industriais de menor impacto ambiental e criação de empresas de base biotecnológica e empregos altamente qualificados. Isso possibilita a abertura de novas oportunidades de mercado, incremento e melhoramento da matriz produtiva e promoção do desenvolvimento territorial sustentável.
De acordo com o Termo de Referência em Bioeconomia (SEBRAE, 2018), o Brasil abriga cerca de 20% da biodiversidade mundial, representando um grande potencial de geração de renda e ampliação de mercados para os pequenos negócios em diversas áreas.
Para explorar essa oportunidade o Sebrae estruturou o Inova Biomas Sebrae, sendo o Inova Amazônia um dos seus segmentos e o primeiro bioma brasileiro a receber essa iniciativa. Esse projeto visa fomentar, apoiar e desenvolver pequenos negócios, startups, empreendimentos e ideias inovadoras que tenham como premissa a conservação, preservação ou uso sustentável dos recursos da biodiversidade do bioma da Amazônia.
O objetivo é gerar novos negócios, agregar valor às empresas existentes e fortalecer o ecossistema de bioeconomia amazônico, por meio da inovação, da sustentabilidade e da conexão entre empreendedores da região e empreendedores de outras localidades.
O projeto Inova Amazônia será realizado nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Em cada um dos estados participantes haverá a realização de um funil de desenvolvimento de ideias inovadoras, onde serão selecionadas e aceleradas propostas que visem a preservação, conservação ou utilização sustentável dos recursos da Amazônia.
O Funil de desenvolvimento de negócios inovadores ocorrerá com o repasse de conteúdo, realização de oficinas, mentoriais e eventos de conexão para fomentar a interação com clientes, investidores, grandes empresas e outras partes interessadas no projeto. Tudo isso realizado em duas etapas.
A primeira etapa, denominada pré aceleração, terá a duração de 2 (dois) meses, será online e de caráter introdutório, buscando elevar o grau de maturidade das propostas e visando à construção do projeto de negócios, que servirá de base para classificar aqueles que passarão à etapa de aceleração.
Já a segunda etapa, denominada aceleração, terá duração de 6 (seis) meses e deverá ser realizada preferencialmente de forma presencial. Seu objetivo é desenvolver o negócio, principalmente no que tange à validação do problema, definição de perfil de cliente, orientação de estudo de mercado, desenvolvimento de plano financeiro, estruturação de MVP, testagem de negócio, estratégia de marketing e acesso ao mercado. Os negócios selecionados para essa fase também poderão contar com uma bolsa de apoio em dinheiro para apoiar o desenvolvimento do seu projeto.
Durante todo o ciclo do projeto ocorrerão ações que objetivarão unir e engajar em uma comunidade os interessados no desenvolvimento da bioeconomia dos estados por meio da divulgação de oportunidades, produção e curadoria de conteúdo (notícias, artigos, publicações, postagens, podcasts, vídeos etc), promoção de grupos de discussão e exposição de eventos (palestras, webinars, meetups, bootcamps, ideathons, etc.).
Espera-se ao final do projeto desenvolver pequenos negócios baseados na bioeconomia, ou seja, que atuam na preservação, conservação ou uso sustentável dos recursos naturais da Amazônia.
Além disso, objetiva também fortalecer a identidade dos biomas brasileiros por meio dos produtos e serviços de alto valor agregado gerados, tanto quanto posicionar o Brasil como país fomentador e gerador de negócios sustentáveis aliados à conservação dos biomas.
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