A Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), ligada ao Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), está trabalhando junto à Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec) em um projeto-piloto que visa, em futuro próximo, à criação de uma “Rede Nacional de Ambientes de Inovação”.
O projeto-piloto está sendo realizado em seis Parques Tecnológicos indicados pela Anprotec. Um deles é o Parque Tecnológico São José dos Campos, criado em 2006 e considerado um dos maiores complexos de inovação e empreendedorismo do Brasil.
O Parque Tecnológico São José dos Campos ocupa hoje uma área de 188 mil m2, onde cerca de 6.000 pessoas transitam diariamente, e onde estão instaladas 145 empresas, quatro universidades (Unifesp, Unesp, Univesp e Anhembi-Morumbi), um campus da Fatec, um escritório do ITA e um escritório da Escola de Economia de São Paulo, da Fundação Getúlio Vargas; além de quatro Institutos de Ciência e Tecnologia. O Parque também é gestor do Cluster Aeroespacial Brasileiro e do Arranjo Produtivo Local de Tecnologia da Informação e Comunicação do Vale do Paraíba.
A participação nesse projeto-piloto com os demais parques tecnológicos é vista com entusiasmo pelo diretor de novos negócios do Parque Tecnológico São José dos Campos, Elso Alberti Jr.
“Identificamos que a RNP tem recursos muito relevantes para o Parque e para nossas empresas residentes e vinculadas. Durante o projeto-piloto, vamos ter condições de avaliar questões relacionadas à infraestrutura necessária, assim como a dinâmica de distribuição e acesso das empresas, não apenas à internet como também às ferramentas disponibilizadas pela RNP. Nossa expectativa é totalmente positiva, pois entendemos o Parque como um grande articulador de empresas, universidades, instituições públicas e sociedade, em busca de processos inovadores e desenvolvimento tecnológico que possam estimular o crescimento socioeconômico de nossa região e do país”, declarou Alberti Jr.
Os outros parques tecnológicos que fazem parte do projeto-piloto são o Parque Zenit, da UFRGS (Rio Grande do Sul); o Parque da UFRJ (Rio de Janeiro); o PCT Guamá, da UFPA (Pará); o Parque CITTA, da UFCG (Paraíba); e o BIOTIC (Brasília).
Para o presidente da Anprotec, José Alberto Sampaio Aranha, a parceria com a RNP acontece em um momento extremamente propício para as duas instituições. “Em nosso planejamento estratégico, colocamos como meta a criação de uma rede de inovações para possibilitar o crescimento de empreendimentos na área de inovação em nosso país. Ao mesmo tempo, também em seu planejamento estratégico, a RNP já autorizava a ampliação de sua rede para institutos e parques tecnológicos que atuam na área de inovação. Nada melhor, então, que aproveitar a expertise da RNP já existente no país, na rede de ensino e pesquisas, para um piloto que visa a criação dessa Rede Nacional de Ambientes de Inovação”, comentou Aranha.
“Com a ampliação de nossa política de uso do Sistema RNP, foram incluídos os ambientes promotores de inovação como uma nova classe de Organização Usuária”, acrescentou Fausto Vetter, coordenador de Pesquisa & Desenvolvimento na RNP.
Para a RNP, que já oferece conexão e estrutura de conexão de ponta em mais de 1.500 instituições e laboratórios de pesquisa do país, o projeto-piloto com os Parques Tecnológicos ajudará a instituição a compreender o funcionamento e a operação de ambientes promotores de inovação e suas necessidades em termos de infraestrutura e serviços baseados em Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC). A partir daí, será possível ofertar a Ciberinfraestrutura Nacional da RNP como plataforma de inovação para ambientes promotores de inovação em todo o país.