O primeiro painel do período da tarde teve como tema a sustentabilidade dos ambientes de Inovação – novos modelos e fontes de recursos.
Com moderação do diretor de relações internacionais da Anprotec e diretor de desenvolvimento de negócios do Parque Tecnológico de São José dos Campos, Elso Alberti Júnior, o painel apresentou que a sustentabilidade das incubadoras, aceleradoras, parques tecnológicos e outros similares sempre foram temas de muita preocupação. “Em um cenário econômico em que o fomento público é cada vez menor, precisamos identificar alternativas de geração de receitas que possibilitem a esses ambientes a realização de suas atividades”, explicou o moderador ao chamar os especialistas que apresentaram alguns exemplos criativos e inovadores de fontes de recursos.
O primeiro a se apresentar foi o lead partner da Bossa Nova Investimentos, João Kepler, que falou sobre a experiência da venda de portfólio. De acordo com ele, para cuidar das startups investidas, a Bossa reforça o seu ecossistema interno, e presta suporte com o que chamam de Rede Bossa, na qual disponibilizam e compartilham serviços, e promovem encontros presenciais e conexões. “Ajudamos em fundrasing, fazemos follow-on, fornecemos mentoria, entre outras iniciativas”, ressaltou Kepler.
O diretor executivo do Sapiens Parque, José Eduardo Fiates, falou sobre caminhos para a sustentabilidade dos parques tecnológicos, comparando os ecossistemas de inovação com a biologia. Para ele, as características para um ecossistema equilibrado e competitivo são resiliência, adaptabilidade e evolução. E os fatores que promovem esse ecossistema equilibrado e competitivo são diversidade, conectividade e confiança.
Já o superintendente de pesquisa e desenvolvimento tecnológico da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), falou sobre a Cláusula de P,D&I dos Contratos de E&P e os aprimoramentos na sua regulação. Para ele, a participação crescente das demais concessionárias (não Petrobras) nos investimentos em PD&I é um indicador do sucesso na atração de novos players/investidores para as atividades de E&P no Brasil.
Paulo César Rezende de Carvalho Alvim, Secretário de Empreendedorismo e Inovação do Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação (MCTIC), apresentou a visão do governo e as perspectivas de novos programas de apoio à inovação. Em sua fala, ele destacou o Mapeamento dos Mecanismos de Geração de Empreendimentos Inovadores no Brasil, lançado hoje, em Florianópolis, durante o Innovation Summit Brasil. “O documento, desenvolvido a partir de um amplo estudo, é uma foto, mas o ecossistema é dinâmico, a ideia é transformá-lo em filme”.