Hoje pela manhã, o presidente da Anprotec, José Alberto Sampaio Aranha, deu início ao tradicional Workshop Anprotec. Ao dar as boas-vindas aos participantes, Aranha explicou sobre a dinâmica do evento, que acontece hoje como atividade paralela e integrada do Innovation Summit Brasil, que segue até quarta-feira (14) no Centro de Eventos Governador Luiz Henrique da Silveira, em Florianópolis-SC.
Em seguida, o diretor de Ambientes de Inovação da Associação e presidente da Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE), Daniel Leipnitz, deu início ao primeiro Painel do dia, que também dá nome ao Workshop: “O Futuro dos Ambientes de Inovação”.
Dentre os convidados estavam Hector Gusmão, CEO da Fábrica de Startups Brasil, Paulo Quirino, Gestor de P&D da Samsung e Coordenador do Creative Startup, José Claudio Terra, Diretor de Inovação da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, e Raphael Braga, Superintendente de Empreendedorismo e Investimento da Finep.
O objetivo do painel foi apresentar e discutir as tendências mundiais na criação e no desenvolvimento de empreendimentos inovadores (e startups).
De acordo com dados apresentados por Hector Gusmão, 42% dos CEOs do Brasil pretendem aumentar os investimentos em processos de detecção de inovações disruptivas, 40% pretendem configurar programas de aceleração e incubação para startups, e 38% almejam colaborar com startups de inovação, como fintechs e healthtech, por exemplo. “Percebemos um aumento no investimento de seed capital (startups early stage), que é onde os CEOs veem vantagem competitiva para trazer uma disrupção”, disse Gusmão apresentando que, de 2011 a 2018, foram investidos 4.2 bilhões de dólares em startups no Brasil.
Paulo Quirino iniciou a sua apresentação contando a história do programa Creative Startups – uma parceria entre a empresa, a Anprotec e o CCEI Daegu – Centro de Economia Criativa e Inovação da Coreia do Sul. “Trata-se de um programa de aceleração de produto”, ressaltou Quirino, apresentando os números do programa. “São 45 startups aceleradas, mais de 3,5 milhões investidos, 27 incubadoras credenciadas, e mais de mil propostas recebidas”.
Na mesma linha, José Claudio Terra falou sobre a Incubadora de Startups Eretz.bio. “Temos um centro de P&D em um hospital. Além de trabalhar com serviços, também trabalhamos com produtos, pois desenvolver tecnologia é desenvolver um produto. São 50 engenheiros e 34 startups do Brasil e do mundo. Somos sócios de 15 startups, com participação de 10 a 15%. A relação não é apenas de investimento, também fazemos pesquisa, validação técnica etc.”, expôs o Diretor de Inovação do Hospital Albert Einstein.
O painel sobre o futuro dos ambientes de inovação foi finalizado com a participação de Raphael Brasil, que falou sobre o Estado como gerador de empreendimentos inovadores e, mais especificamente, sobre o papel gerador de empreendimentos inovadores da Finep. De acordo com ele, nos últimos 15 anos, mais de R$ 15 bilhões foram desembolsados para universidades e demais ICTs.
Ao apresentar os programas de estímulo ao empreendedorismo, o superintendente destacou que a Finep é a única instituição do Brasil a ter instrumentos de apoio a todas as etapas do desenvolvimento de um novo negócio. E, quanto à estruturação de fundos de Venture Capital, foi apontado, durante o painel, que para cada R$ 1 real aportado pela Finep, houve uma captação externa de R$ 6,62, especialmente de investidores privados.
Após as apresentações dos especialistas, o público participou do painel com questões sobre os cases apresentados.