Ontem (09/05) a superintendente executiva da Anprotec, Sheila Pires, participou da 2ª edição da Reunião com Cientistas, realizada pelo Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) em Brasília-DF. Com a presença de representantes de outras 57 entidades da comunidade científica e tecnológica, o ministro Marcos Pontes debateu sobre estratégias para recuperar o orçamento do Ministério e obter mais recursos para a ciência brasileira.
De acordo com Sheila, o ministro apresentou as prioridades para a área de CT&I e discutiu estratégias conjuntas para atendê-las. “Foram definidos alguns setores e ações. E ele também se manteve aberto para ouvir as manifestações da comunidade”, contou a superintende da Anprotec, que teve a oportunidade de apresentar, pessoalmente, a Associação ao ministro. “Expliquei para ele quem são os nossos associados e destaquei que representamos um número expressivo de incubadoras, aceleradoras e parques tecnológicos, ou seja, plataformas muito importantes para o desenvolvimento econômico e tecnológico. Também coloquei a Anprotec à disposição para contribuir com as iniciativas do Ministério voltadas ao fortalecimento da área de C,T&I”.
Segundo o MCTIC, a conclusão do evento é que a criação de fontes alternativas de financiamento, a divulgação científica e o avanço de algumas pautas no Congresso podem aumentar o investimento no setor ainda este ano e também no futuro.
“A gente tem uma experiência vasta em muitas áreas. Precisamos nos livrar das correntes do orçamento da União, obter mais fundos por outras formas e fazer com que toda a ciência ganhe protagonismo. A comunidade científica e universidades possuem capacidade não só para ajudar a desenvolver soluções, mas também em divulgar a importância da ciência e tecnologia para a sociedade e parlamentares”, afirmou o ministro Marcos Pontes.
Durante o encontro, o ministro sugeriu a criação de um grupo para elaborar um plano estratégico com alternativas de financiamento para ciência, tecnologia e inovação, que pode vir de investimentos da iniciativa privada, da liberação de fundos setoriais, como o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), e por meio de projetos conjuntos com outros ministérios e verbas oriundas de emendas parlamentares para iniciativas regionais.
O ministro ainda reforçou os principais problemas enfrentados atualmente pelo setor, como a restrição orçamentária e a perda de recursos humanos nas instituições de pesquisa. O orçamento do MCTIC para 2019 sofreu um contingenciamento de 42%, equivalente a R$ 2,1 bilhões.