A Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) disponibilizou nesta semana o edital 2019 para chamada de projetos em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). Pesquisadores de instituições públicas e privadas, startupeiros e demais profissionais interessados em participar do processo podem enviar suas propostas até o dia 31 de março. Os Grupos de Trabalho aprovados serão conhecidos durante a realização do Workshop RNP, nos dias 6 e 7 de maio. Os aprovados terão o prazo de 12 meses para execução dos projetos.
Entre os objetivos do edital, a RNP reitera o compromisso de implantar e desenvolver uma ciberinfraestrutura nacional a ser utilizada na educação, pesquisa e inovação, permitindo, assim, a evolução da rede Ipê e das redes metropolitanas de alta velocidade. Além disso, o edital estende o apoio às políticas de desenvolvimento em ciência, tecnologia e saúde.
Pela primeira vez, o projeto passa a incluir o ecossistema de inovação no edital, com o propósito de fomentar a criação de novas startups e também apoiar as já existentes. Para isso, será necessário que integrantes de startups se associem a pesquisadores.
“O grande desafio foi a construção de um edital híbrído, que atendesse a esses dois mundos: a academia e o ecossistema de inovação. O diferencial deste ano para a RNP foi encontrar uma forma de aproximar esses dois ambientes e construir uma ponte entre o que sai da academia e o que vai para o mercado, mantendo a parceria com a comunidade de pesquisa e atraindo as startups, facilitando a colaboração entre eles. A gente acredita que esse edital é o início de um ciclo, uma primeira tentativa de criar essa ponte. Nosso objetivo é que dentro da academia a gente consiga desenvolver o espírito do empreendedorismo e que dentro do ambiente de inovação a gente consiga desenvolver o da pesquisa”, explicou a diretora de P&D da RNP, Iara Machado.
Diante deste cenário, a RNP busca propostas que possam auxiliar na expansão dos serviços oferecidos pela rede. Por este motivo, o edital incentiva a submissão de temas específicos, com projetos nas áreas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) aplicada na Educação e Saúde, Cibersegurança, Monitoramento de Redes, Gestão de Identidade, além de Infraestruturas e Aplicações para campi universitários.
Para o presidente da Anprotec, José Alberto Aranha, essa mudança no projeto é bastante positiva, até mesmo para os ambientes promotores de inovação, pois o processo de inovação das startups passa diretamente pelas aceleradoras e incubadoras. “Não há como a indústria, a universidade e as instituições governamentais fazerem inovação sem passar por potenciais associados da ANPROTEC, os mecanismos e ecossistemas de inovação”, comentou Aranha.
Os resultados tecnológicos de P&D contribuem diretamente para o desenvolvimento econômico e social do país. Ao unir este programa ao modelo aberto das startups, há o aproveitamento de ideias dinâmicas e inovadoras que demonstram originalidade e relevância nos usos da tecnologia.
P&D
Desde 2002, a RNP vem aprimorando sua gestão de programas de P&D, realizado através de um processo de inovação aberta. Os resultados alcançados ao longo desses anos são frutos da importante parceria da RNP com a comunidade acadêmica, junto com a qual exploramos a vanguarda das tecnologias de informação e comunicação (TICs). Para ter acesso ao edital, clique aqui.