A Cteep lançou nessa última segunda-feira, 25, um novo projeto de pesquisa e desenvolvimento (P&D;), desta vez visando criar uma melhor interação entre grandes empresas, startups e universidades para futuros programas de inovação. O Projeto “Ecossistema de Inovação” deve consumir R$ 5 milhões em 36 meses para encontrar modelos de engajamento entre os três grupos. Está previsto como parte do projeto a criação de um laboratório dentro da Universidade de São Paulo (USP) onde serão realizados experimentos que farão parte do projeto.
O gerente de Estratégia e Inovação da Cteep, Ricardo Kahn, explica que embora já exista em programas de inovação a colaboração entre os diferentes atores – empresas, startups e academia -, muitas vezes há dificuldades de andamento, relacionadas a barreiras culturais, objetivos distintos e incentivos em cada etapa do projeto. “Uma startup em geral é muito focada em desenvolver uma solução para o problema… Se solucionou, próximo passo. Já a universidade é muito preocupada em gerar conhecimento, às vezes sem necessariamente uma conexão prática tão direta”, explicou, em entrevista ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. “Nos projetos em que já trabalhamos com startups e universidades vemos conflitos surgindo. Percebemos que tem casos que saem resultados muito bons, mas às vezes patinamos na expectativa de cada um”, acrescentou.
Diante disso, a ISA Cteep elaborou um P&D;, no âmbito do Programa de P&D; da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), visando encontrar modelos que favoreçam uma melhor interação entre as partes. “A ideia é rodar um experimento a cada três meses tentando encontrar formas diferentes de engajamento desse ecossistema e através desses experimentos pretendemos chegar num framework de como engajar esses três atores”, disse Kahn, explicando que já existem modelos de engajamento entre corporações e startups, mas o projeto pretende dar um passo além, ao envolver as universidades e desenhar modelos especificamente para produção de pesquisa e desenvolvimento.
Kahn salienta que esses modelos serão apenas a primeira entrega do projeto, que também tem como meta estimular palestras, cursos e publicações, nacionais e internacionais, visando divulgar o trabalho dentro e fora do País. “A ideia é que esse framework possa ser usado por todas as empresa do setor elétrico e também fora do setor, o projeto está comprometido em criar algo para o Brasil”, disse.
O projeto envolve várias unidades da USP, como a Agência USP de Inovação, a Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) e a Escola Politécnica (Poli) e também conta com o apoio da 100 Open Startups, organização que estimula a inovação entre grandes corporações e startups. A instituição irá abrir seu banco de dados aos pesquisadores do projeto, o que deve possibilitar análises quantitativas sobre a interação já existentes entre os dois atores e as registradas nos próximos anos.
(em.com.br)