O astronauta, Marcos Pontes, assumiu o posto como novo ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações no último dia 2 de janeiro. Cerca de 500 pessoas participaram da cerimônia de posse, entre elas estava o presidente da Anprotec, José Alberto Sampaio Aranha, e a presidente do Confap, Profa. Zaíra Turchi.
Na ocasião, Pontes destacou em seu discurso que ciência e tecnologia devem ser propulsoras da melhora da qualidade de vida da população e do desenvolvimento do país.
“Nossa responsabilidade a frente do ministério é ajudar a construir um país melhor. A tecnologia é transversal e está em todos os lugares. Portanto, está na qualidade de vida das pessoas. Ela funciona como a ‘ponta de lança’ do desenvolvimento, e nós somos os responsáveis por torná-la uma ferramenta melhor para o sucesso do país”, afirmou o ministro.
Como uma das primeiras medidas para a pasta, o Pontes afirmou que será criada uma secretaria para estimular a dedicação à pesquisa científica em alunos do ensino médio. O trabalho será executado em parceria com o Ministério da Educação.
Pesquisa de base
O ministro citou três metas prioritárias durante o novo governo: a produção de conhecimento, a geração de riqueza e a promoção da qualidade de vida da população.
Para ajudar a promover o conhecimento, além da nova secretaria, o ministro afirmou que pretende buscar outras maneiras de tornar o país atraente para pesquisadores.
“É extremamente importante que a gente tenha pesquisa básica forte no país. Tenho conversado muito com a comunidade científica para descobrir maneiras de ser um trabalho eficiente e de motivar os nossos pesquisadores a ficar no Brasil”, completou Pontes.
Com a redução do investimento no CNPq, o financiamento das pesquisas precisará vir de outras formas, e uma das estratégias do novo ministro é incrementar o financiamento privado.
“Inovação, a gente está muito atrás. Temos a Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) para apoiar as inovações, mas precisamos da participação do setor privado. Mas, como vamos trazer o setor privado para participar mais? Através de programas em parceria. Existem vários modelos”, explicou.
Modelos de inovação regional
Em entrevista aos jornalistas, Pontes defendeu a adoção de modelos de investimentos em inovação adequados a cada região do país. Segundo ele, é preciso respeitar as características e vocações locais para fomentar o desenvolvimento tecnológico e a inovação. Dessa maneira, o investimento privado em pesquisa também será ampliado.
“Queremos construir um modelo que possamos replicar em vários locais do país e que possa ser adaptado de acordo com a vocação local. O Brasil é muito grande, com vocações diferentes, e isso vai motivar as empresas a investirem nessas regiões, desenvolvendo tecnologias que sejam interessantes para elas nessas áreas.”
Ainda na entrevista, ele avaliou que a expansão do acesso à internet banda larga é um dos desafios de sua gestão. “Temos um país muito grande, com regiões remotas e que precisam dessa tecnologia. Levar banda larga é importante para as escolas, para as famílias e para trazer as pessoas para os dias atuais, em termos de tecnologia.”
(Com informações do MCTIC)