Moderado por Maurício Guedes, presidente do Comitê Estratégico da Conferência Anprotec 2018, a sessão plenária especial sobre as ações do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MTIC) em prol do ecossistema nacional de inovação aconteceu no segundo dia da Conferência Anprotec de Empreendedorismo e Ambientes de Inovação (18/09), em Goiânia – GO.
O primeiro convidado a se apresentar no painel foi o coordenador de empreendedorismo da Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do MCTIC, Públio Ribeiro, que falou sobre o Programa Nacional de Apoio à Geração de Empreendimentos Inovadores, o Programa Centelha.
O projeto visa a criação de empreendimentos inovadores, a partir da geração de novas ideias em todo território nacional.
Com o objetivo de incentivar o envolvimento entre empreendedores, alunos e pesquisadores, o programa deve ser realizado em parceria com os governos estaduais ou distrital, preferencialmente, por meio das Fundações Estaduais de Amparo a Pesquisa (FAPs).
Os empreendimentos inovadores com impacto social, ambiental e tecnológico terão prioridade.
O apoio financeiro do MCTIC e das agências federais de fomento se dá por meio do repasse de recursos de subvenção econômica e da concessão de bolsas para o desenvolvimento dos projetos. A proposta deve ser aprovada em chamada pública lançada pela Financiadora de Inovação e Pesquisa (Finep), e a inscrição é gratuita.
Após a apresentação de Públio, o gerente do Departamento de Fomento à Interação entre as Ciências Aplicadas e as Áreas de Inovação, da Finep, Marcelo Nicolas Camargo, explicou um pouco mais sobre o diagnóstico do Programa Centelha.
“Identificada a grande lacuna de apoio ao empreendedorismo inovador, e a carência de fundos de investimento e capital empreendedor, propõe-se a criação do Programa Centelha. Esses empreendimentos, sequencialmente, seriam os futuros tomadores de recursos na subvenção econômica descentralizada (Programa Tecnova), investidos através de fundos e tomadores de crédito descentralizado através do Programa Inovacred. Desta forma, seria consolidada uma rota de apoio que se iniciaria com o empreendedorismo inovador até a comercialização pioneira de produtos e serviços inovadores desenvolvidos”, explicou Camargo.
Em seguida, Sheila Pires, superintendente executiva da Anprotec, chamou Cláudia Pavani, coordenadora executiva do Mapeamento dos Mecanismos de Geração de Empreendimentos Inovadores no Brasil, para falar sobre essa iniciativa do MCTIC e da Anprotec, com execução do Instituto Cristiano Becker.
O Mapeamento tem por objetivo o desenvolvimento de metodologia e aplicação de pesquisa com incubadoras, laboratórios abertos integrantes do Sistema Brasileiro de Tecnologia (rede Sibratec) e aceleradoras, sobre localização, atividades, perfil, e impacto das ações dos mecanismos.
Dentre os resultados parciais do piloto, Cláudia apontou que a média, cada incubadora, graduou 22 empresas em 2017. E que a taxa de sobrevivência delas após um ano é de 80%, e, após cinco anos, é de 70%.
Cláudia finalizou sua participação apresentando os próximos passos. E Sheila ressaltou a importância da pesquisa para o aperfeiçoamento dos ambientes de inovação e pediu a colaboração de todos nas respostas.