O país tem hoje mais de 800 negócios de impacto social, entretanto, poucos empreendedores entendem de fato como funciona o movimento
Atualmente, não há como falar sobre empreendedorismo sem mencionar os negócios de impacto social. No entanto, no Brasil, apesar da crescente popularização do movimento, ainda há muitas dúvidas. Com o objetivo de apresentar esses novos modelos e conectar agentes do ecossistema local, o Fórum de Finanças Sociais e Negócios de Impacto terá sua primeira edição regional em Brasília no dia 2 de outubro no Espaço Caixa Cultural, em Brasília.
O evento, que já teve três edições em São Paulo (2014, 2016 e 2018), com cerca de 2,3 mil participantes, e em Brasília terá como tema central o “O alinhamento e engajamento da temática em todos os ecossistemas de Brasília”, e explorar o debate sobre como setores tradicionais estão incluindo na agenda os negócios de impacto. Além disso, serão apresentadas iniciativas nacionais e estratégias sobre o tema. As inscrições podem ser feita aqui.
Entre os palestrantes convidados estão Sheila Oliveira, da Anprotec; Deise Nicoletto, da Impacto Hub; Fábio Deboni, do Instituto Sabin; Beto Scretas, do ICE; Lucas Maciel, do MDIC (Enimpacto); Gilberto Ribeiro, da VOX Capital; Morenno Macedo, da Caixa Econômica Federal; Alexandre Alves, da Invest Seed; André Araújo, do Porto Digital; Pablo Handl, da Impact Hub; Gustavo Fuga, da 4you2; Matheus Cardoso, da Moradigna e Saulo Porto, da Dado Capital.
Os negócios de impacto social tem movimentado cerca de US$ 60 bilhões em nível global e foi registrado um aumento de 7% ao ano, segundo a Ande Brasil (Aspen Network of Development Entrepreneurs), uma rede de empreendedores de países em desenvolvimento.
No Brasil, apesar dos números ainda não serem tão expressivos, os negócios de impacto têm um papel de extrema importância. No ano passado o 1º Mapeamento Brasileiro de Negócios de Impacto Socioambiental, realizado pela Pipe.Social levantou as áreas de atuação de 579 empreendimentos de impacto social. A maior parte deles (38%) é voltado para a área de educação, 23% são de iniciativa verde, 12% de cidadania, 10% saúde, 9% finanças sociais e 8% de cidades.
Contextualização
O objetivo dos projetos é gerar lucro e melhorar a qualidade de vida da população. Países em desenvolvimento ou subdesenvolvidos necessitam desses investimentos atuando de forma paralela com o governo.
No Brasil, investidores encontram inúmeros desafios de educação, geração de renda, inclusão digital, alimentação, saúde, sustentabilidade e, muitos outros, que podem ter uma solução a partir desses negócios de impacto. Mas, além disso, o empreendedor precisa ter uma visão clara de que o projeto demanda foco, atratividade para investidores e rentabilidade, assim como qualquer outro negócio.
A maioria das pessoas que querem empreender com propósito, muitas vezes, não sabe por onde começar ou mesmo como pedir apoio para tornar seu projeto real. E este também será um dos temas de debate do Fórum de Finanças Sociais e Negócios de Impacto em Rede, que mostrará a maturidade desse tipo de negócio no Brasil, como estamos lidando com eles (Enimpacto) e como estamos em relação a outros países.
A edição regional chega, então, com o propósito de, além de disseminar o conhecimento sobre o empreendedorismo de impacto, conectar agentes do ecossistema local, incentivar esse ecossistema, dando recomendações e fazendo provocações; e por fim, apresentar modelos de negócios para engajar esse grupo, formado por investidores, empreendedores, gestores públicos, acadêmicos, aceleradoras, incubadoras, estudantes e líderes de grandes empresas.
O Fórum terá, paralelamente, uma exposição de protótipos de negócios de impacto; três rodas de conversa com empreendedores e uma roda de conversa acadêmica sobre metodologias de impacto. O evento acontece no Espaço Caixa Cultura em Brasília.
Serviço
Fórum de Finanças Sociais e Negócios de Impacto em Rede
Data: 2 de outubro de 2018
Local: Espaço Caixa Cultural – Sbs Lotes 3/4, SBS Q. 4 – Asa Sul, Brasília, DF