O Pré-Lançamento do Programa de Inovação Corporativa em Rede, realizado pela Anprotec com apoio do Sebrae Nacional, realizado no último dia 23 de maio em São Paulo, reuniu ambientes de inovação de todo o país para debater a ampliação dos níveis de investimentos nas startups brasileiras em colaboração com grandes empresas.
Estiveram presentes executivos e gestores de Incubadoras de empreendimentos de base tecnológica e aceleradoras de empresas, pesquisadores universitários, dentre elas a Universidade de São Paulo (USP), representantes da FINEP, da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e de grandes empresas nacionais, como a Natura e o Grupo Votorantim. O pré-lançamento foi transmitido ao vivo pela internet e atingiu a marca de mais de 1,6 mil participantes online.
Para Krishna Faria, coordenador da Unidade de Acesso à Inovação, Tecnologia e Sustentabilidade do Sebrae Nacional, em Brasília, a consolidação do programa representa a materialização do aprendizado de dois anos e um avanço na agenda tecnológica do país.
“Nesses dois anos avançamos muito na agenda de encadeamento tecnológico e estamos atingindo nosso objetivo, que é aproximar as pequenas e as grandes empresas, por entendermos a importância da transferência da tecnologia. Esta proposta consegue oferecer mercado para os pequenos empreendedores, aproxima investidores e resolve soluções das grandes empresas que estão, cada vez mais, abrindo suas agendas”, comentou Krishna.
Para o gerente do Programa na Anprotec, Antonio Marcon, todo trabalho realizado para a construção do programa nasceu do entendimento de que o mercado de corporate venture está em franca expansão, mas que ainda é necessário aperfeiçoar os mecanismos de diálogo e colaboração entre as corporações e as startups.
“O ecossistema brasileiro de inovação está amadurecendo rápido e exige a implementação de novos instrumentos capazes de ampliar a oferta de capital semente e o apoio ao empreendedor para cruzar o vale da morte. Os mecanismos de apoio fiscal já existentes em Lei, como a Lei de Informática, Lei do Bem, complementados pelos mecanismos da área de energia e petróleo, são excelentes catalizadores, capazes de acelerar a conversão de impostos em inovações para o país, com benefícios diretos para grandes médias empresas, os empreendedores e a sociedade”, ressaltou Marcon.
Como funcionará
O programa tem abrangência nacional e estimula novos investimentos para projetos inovadores entre startups e grandes empresas, além de implementar o apoio multilateral de incubadoras e aceleradoras de negócios, promover capacitação, acesso a laboratórios avançados para desenvolvimento de protótipos e produtos, ampliação das redes de mentores, e criação de oportunidades reais de colaboração em setores prioritários da economia brasileira.
O Sebrae será responsável por viabilizar a execução do projeto, ajudando no apoio institucional e na disseminação, já a Anprotec se responsabilizará pela implementação, seleção dos ambientes de inovação e cooperação em parceria com esses ambientes.
A iniciativa viabiliza acesso sistematizado às competências e ativos tecnológicos disponíveis, e hoje, dispersos nos diversos ambientes de inovação. Ela permite também que médias e grandes empresas desenvolvam canais especializados de acesso a empreendimentos inovadores em colaboração com os ambientes de inovação e startups intensivas em conhecimento, beneficiando-se amplamente das interações em rede e em grande escala, e maximizando o acesso aos estoques nacionais de tecnologias emergentes e modelos de negócios inovadores.
Outra vantagem significativa da adesão ao Programa é a mitigação da insegurança jurídica, através da utilização de um modelo técnico-jurídico alinhado às exigências dos órgãos reguladores, o que reduz drasticamente as incertezas das médias e grandes empresas para utilização dos instrumentos de apoio fiscal à inovação, reduzindo os riscos de glosas e maximizando a curva de aprendizado nas empresas.
“A intenção é criar um programa que abra espaço para estreitar relação com as grandes corporações e empresas em estágio inicial. O que vai dar a argamassa, fazer a liga, são os ambientes de inovação associados à Anprotec. Esse programa conecta as duas pontes mais importantes do desenvolvimento do negócio, tendo os associados como protagonistas”, salientou a superintendente executiva da Anprotec, Sheila Pires.
O evento foi realizado no Centro Nacional de Referência em Empreendedorismo, Tecnologia e Economia Criativa do SEBRAE-SP, localizado no Palácio Campos Elíseos em São Paulo.