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As ciências agrárias são conhecidas, popularmente, por serem algo mais tradicional e o empreendedorismo, algo mais moderno. Não é difícil encontrar pessoas que acham que os dois não combinam. Mas o 1º Encontro de Empreendedorismo Rural veio para mostrar o contrário.
Uma das pessoas que, por muito tempo, não associava empreendedorismo com o meio rural era o sócio da AgroTATIL, empresa incubada na Intuel – Incubadora Internacional de Empresas de Base Tecnológica da Universidade Estadual de Londrina, associada à Anprotec, Luiz Henrique Volso. “Ninguém pensava em empreender no curso de agronomia – o qual cursou até 2004 – até há pouco tempo. A faculdade direcionava os alunos aos estudos para a academia, concursos públicos ou para entrevistas de emprego em multinacionais”, relembra o empreendedor durante a sua fala no evento promovido no início deste mês pela turma da disciplina de Tópicos Especiais em Empreendedorismo aplicado às Ciências Agrárias da Universidade Estadual de Londrina.
A iniciativa, que teve como objetivo estreitar as relações entre jovens e filhos de agricultores, produtores rurais e comunidade científica das ciências agrárias, foi muito comemorada por Volso, principalmente por ele estar à frente – junto ao sócio João Maximiliano Marcondes – de uma startup focada na pesquisa e desenvolvimento de soluções inovadoras para o agronegócio.
Para Volso, a opção de empreender dentro das ciências agrárias é muito importante, pois “o mercado não absorve a quantidade de profissionais que são formados pela universidade”.
Desafios e vantagens de empreender
Ao público composto, em sua maioria, de alunos das ciências agrárias, Maximiliano e Volso puderam falar sobre os desafios e vantagens de empreender. “Startup é um tipo de empresa que tem muito potencial e pouco recurso”, elenca Volso como um dos principais desafios de ter a própria empresa. Marcondes complementa que é preciso fazer o dever de casa. “A AgroTATIL ocupa todo o tempo livre e dias de folga de outras atividades, pois trabalhamos constantemente em melhorar, testar e validar a nossa tecnologia”, explica.
Mas isso não quer dizer que empreender seja um sofrimento. “A grande satisfação em empreender é a realização pessoal. Não há nada melhor do que ver a sua ideia sendo reconhecida”, concordam os empreendedores.
*Com informações da Intuel
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