Com o objetivo de apoiar startups brasileiras a se internacionalizarem, foi lançado hoje, em São Paulo (SP), o programa StartOut Brasil, que oferece capacitação, mentorias e oportunidades de imersão em ecossistemas de inovação promissores e favoráveis de vários países. O programa surge da soma de esforços e experiências da Anprotec, Sebrae, Apex-Brasil e dos Ministérios das Relações Exteriores (MRE) e da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).
Para apresentar a iniciativa, foi realizado o painel “O Programa Brasileiro de Apoio à Internacionalização de Startups – StartOut Brasil”, que reuniu o vice-presidente da Anprotec, José Alberto Sampaio Aranha; o presidente da Apex-Brasil, embaixador Roberto Jaguaribe; a diretora técnica do Sebrae, Heloisa Menezes; o secretário de Inovação e Novos Negócios do MDIC, Marcos Vinicius de Souza; e o ministro Manuel Adalberto Carlos Montenegro Lopes da Cruz, subchefe do Gabinete do Ministro de Estado das Relações Exteriores. O encontro foi mediado pelo diretor-geral do Startupi, Geraldo Santos.
“Nosso desafio é mudar a mentalidade do empreendedor brasileiro, para que, desde o início, ele já pense sua empresa globalmente. Temos modelos de negócios inovadores no país, com potencial de ganhar o mundo, mas falta ambição e apoio. Por isso, criamos o StartOut Brasil, que é a união de diversos programas de internacionalização de startups que estavam sendo feitos de forma separada por todas as instituições”, pontuou o secretário do MDIC.
Segundo Marcos Vinicius, o StartOut foi desenhado com base na realidade de startups que já foram para fora do país e deram certo, daquelas que foram e deram errado e das que pensam em ir. “Ao contrário do que vemos em outros países e até no Brasil, não adaptamos nenhuma metodologia de internacionalização de grande empresa para as startups, criamos uma própria para elas. Cada instituição foi colocando sua expertise e o que fazia de melhor. A Anprotec entrou fortemente com a experiência na plataforma land2land e a conexão com incubadoras, tanto do Brasil quanto no exterior”.
Conforme explicou o vice-presidente da Anprotec, não basta realizar a missão e a visita, é importante que as startups tenham tempo para se adaptar à nova cultura, para operar dentro de um novo mercado. Neste sentido, a Associação tem um papel importante.
“A Anprotec tem uma rede de incubadoras, parques tecnológicos e aceleradoras montada no Brasil. Os países também são organizados através de associações e temos uma grande relação todas elas, há 30 anos. Então, temos uma grande rede internacional de possibilidades e espaços de inovação que podem ser utilizados para trocas. Isso facilita muito para as empresas poderem ir para lá, assim como a gente também recebe empresas que vêm de outros países. Essa é uma fase muito importante, de consolidação do empreendimento fazendo negócios no exterior”, ressaltou Aranha.
Na sequência do painel de abertura, foi apresentado o caso de internacionalização da TrackSale, pelo CEO da companhia, Tomás Duarte. Posteriormente, um segundo painel abordou “A Experiência de Imersão em Mercados Internacionais”, com moderação de Rafael Ribeiro (diretor executivo da ABStartups) e participação dos convidados Billy Nascimento, Co-CEO da Forebrain, que falou sobre o caso UK; Daniel Melo, CEO da Medlogic, que tratou do caso Argentina; e Rafael Fiqueroa, CEO do Portal Telemedicina, o qual contou sobre o caso França. Encerrando o evento, Priscila Carneiro, Legal Counsel da Ifood, falou sobre “Por que ousar ser global?”.
Como participar do StartOut Brasil
O programa é voltado para empresas nascentes de base tecnológica. Para se candidatar, as startups devem preencher um formulário com informações sobre seu negócio disponível no site www.startoutbrasil.com.br. Além disso, devem enviar vídeo e apresentação de slides em inglês, mostrando o potencial para atingir seu mercado-alvo.
Segundo o Secretário do MDIC, os materiais enviados pelas startups passarão por uma pré-seleção realizada por representantes da instituições promotoras do StartOut Brasil. “Chegaremos a um número de aproximadamente 30 startups e, então, convidaremos pessoas com experiência no mercado para as bancas de avaliação e seleção final dessas startups”.
Os critérios para a escolha das startups serão: o grau de inovação do produto ou serviço; a precisão do mapeamento do ecossistema onde a startup está interessada em se inserir; a maturidade da empresa; e a habilidade e equilíbrio da equipe quanto a conseguir realizar negócios no exterior.
A expectativa dos realizadores do StartOut Brasil é promover quatro missões ao longo de 2018, com 15 startups em cada ciclo. De acordo com o embaixador Roberto Jaguaribe, presidente da Apex-Brasil, a primeira missão terá como destino Paris (França). Em maio, um segundo grupo irá para Berlim (Alemanha). As selecionadas no terceiro ciclo irão para Miami (EUA) em julho. Por fim, em novembro, o quarto grupo passará pela imersão em Lisboa (Portugal).
Para saber mais sobre o StartOut Brasil ou inscrever-se no Programa, acesse: www.startoutbrasil.com.br.