[:pt]
O candidato à presidência da Anprotec pela Chapa Contínua, Biênio 2018-2019, José Alberto Sampaio Aranha, em entrevista à Associação, falou sobre os motivos que levaram à criação da Chapa, sobre as propostas do grupo e sobre os desafios para os próximos anos, entre outros temas. Confira a entrevista abaixo.
***
Primeiramente, gostaria que o senhor falasse brevemente sobre a motivação que levou a essa candidatura da Chapa Contínua.
Estamos nos candidatando porque temos propostas em decorrência da experiência adquirida junto à Anprotec. São muitos anos de Associação. Eu, pessoalmente, tive sete anos na diretoria, Atualmente sou vice-presidente, e, hoje, identifico como podemos continuar aperfeiçoando a administração. Sei onde e como procurar soluções. A motivação vem em função de dar continuidade às coisas boas que foram feitas nos últimos 30 anos. Ao mesmo tempo, queremos propor novidades, soluções para os problemas que identificamos ao longo desses anos. Por isso o nome da chapa é Contínua, pois a nossa busca pelo aperfeiçoamento da Anprotec é constante, mas em coerência com tudo o que foi realizado nos últimos anos.
Como foi feita a escolha dos integrantes da Chapa?
Essa chapa agrega pessoas que efetivamente estão muito ligadas ao trabalho de gestão, de colocar em prática pensamentos e causas. A melhor forma de entender o que estou falando é olhar para os currículos de seus integrantes. A chapa está muito coesa e unida em torno de um objetivo: a construção de uma Anprotec ainda mais forte e representativa.
Quais são as bases da plataforma da Chapa Contínua?
Uma das bases da nossa plataforma é a promoção da Anprotec como uma associação plural. Vamos agregar na Associação novos entrantes, os novos atores do processo de inovação. Antigamente, esse processo estava centralizado em parques e incubadoras. Isso mudou. Agora, temos as aceleradoras, espaços de coworking, áreas de inovação, e diversos novos arranjos que, na realidade, impactam fortemente os ambientes de inovação. Precisamos atrair esse pessoal que ainda não está dentro da Associação. Temos que promover um grupo plural, aberto e diversificado. Não podemos deixar que esse grupo se torne excessivamente segmentado. Ele deve ser o mais aberto possível.
A própria constituição da Chapa já confirma esse nosso propósito. Trouxemos pessoas de diferentes setores, justamente para promover essa integração necessária para o estabelecimento de um grupo plural, aberto e diversificado.
O senhor poderia destacar uma dificuldade a ser enfrentada pela Associação nos próximos anos e apontar uma possível solução?
Um dos maiores problemas que enfrentamos atualmente tem relação com a complexidade da Associação. Como o movimento cresceu muito, a própria Associação, depois de 30 anos, se tornou muito grande em um país que é, também muito grande. Ao mesmo tempo, hoje em dia, não se pode mais trabalhar de forma segmentada, seja por setor, ou por região.
As áreas estão se transpassando em termos de setores, tamanhos, coisas consolidadas, não consolidadas, grandes empresas, startups, entre outros. Essa crescente interdependência pede novas propostas de trabalho. Penso que é necessária a criação de micro grupos de trabalho, bem focados nas suas necessidades. O papel da Anprotec é viabilizar o trabalho desses grupos e garantir que eles tenham um retorno tangível para os associados.
Mas como o associado pode perceber esse valor na Anprotec?
Essa é uma questão complexa e passa pela comunicação entre a Associação e seus associados. É muito fácil fazer uma estratégia de comunicação massificada, direcionada a todos, mas como garantir que a informação correta chegue a quem realmente está interessado naquele assunto? Esse é o desafio. Ao mesmo tempo que vamos tornar a Anprotec uma Associação plural, aberta e diversificada, temos que organizar o conhecimento produzido no âmbito da Anprotec para que ele impacte positivamente o empreendedorismo inovador no país e gere valor para cada um dos associados. Para tal, queremos estruturar uma comunicação para microgrupos que precisam de informações específicas relacionadas à sua realidade. Uma informação que interessa a um grupo não necessariamente interessa a outro grupo.
Queremos inovar e promover novos produtos e serviços que ajudarão o associado a identificar valor na Associação. Isso só acontecerá se o associado receber algo que esteja relacionado a suas próprias necessidades, ou seja, não massificado.
O senhor gostaria de deixar uma última mensagem aos associados da Anprotec?
Um dos pontos fundamentais da nossa proposta é a questão da sustentabilidade da Associação. A Anprotec precisa ser estruturada para continuar sendo sustentável nos próximos anos. Como fazer para que nossas diversas iniciativas e programas realmente aconteçam sem que a gente fique dependente de conjunturas momentâneas no nosso país? Nesses trinta anos, a Associação passou por diversos momentos desfavoráveis, mas sempre trilhou um caminho que a fortaleceu. Este é o momento de planejarmos as ações que irão garantir que esse fortalecimento continue nas próximas décadas.
Queremos inovar e promover novos produtos e serviços que ajudarão o associado a identificar valor na Associação. E isso só vai acontecer se o associado receber algo que esteja relacionado a suas próprias necessidades, ou seja, não algo massificado.
Em resumo, buscamos a pluralidade da Associação, mas, ao mesmo tempo, queremos promover a personalização necessária para garantir que cada associado encontre, na Anprotec, as suas próprias necessidades e interesses refletidos.
***
Confira abaixo os integrantes da Chapa Contínua
José Alberto S. Aranha – Presidente – É Vice-presidente da ANPROTEC e relações institucionais da PUC-Rio. Foi fundador e diretor do Instituto Gênesis da PUC-Rio, diretor da Rede de Tecnologia do RJ, membro do Conselho do: Instituto Endeavor, Instituto Educacional B3 e BRAIN Ventures. É Engenheiro Químico pela UFRRJ e pós-graduado em Administração pelo IAG PUC-Rio, Comércio Exterior pelo CECEX RJ e empreendedorismo na Nova Southeastern University (Fort Lauderdale) – FL- USA.
Francisco Saboya Albuquerque Neto – Vice presidente – Graduado em Ciências Econômicas e mestre em Engenharia de Produção pela UFPE. É Diretor-Presidente do Porto Digital, considerado um dos mais destacados ambientes de inovação do país. É diretor da ANPROTEC e presidente da Divisão Latinoamericana da IASP. Também é coordenador nacional da Câmara de Tecnologia da Informação da CNC. É professor da Faculdade de Ciências da Administração da UEPe.
Daniel Leipnitz – Diretor de Novos Ambientes de Inovação – presidente da ACATE entidade que tem várias unidades que representam os novos centros de empreendedorismo e inovação. Conselheiro da FAPESC e Diretor de Tecnologia da ADVB/SC. É administrador pela UDESC / ESAG e tem MBA em Administração Global pela Universidade Independente de Lisboa e mestrado em administração de empresas pela UDESC / ESAG.
Emília Rosângela Pires da Silva Franco – Diretora de administração e finanças – É Presidente da Rede Goiana de Inovação e ocupa o cargo de Gerente do Centro de Empreendedorismo e Incubação da UFG / CEI; Foi secretaria financeira e membro do conselho fiscal da Rede Goiana de Inovação. É Administradora de Empresas pela Universidade Salgado de Oliveira e pós-graduada em Gestão pela UFG onde fez o curso de Gestão Financeira.
Gabriela C. Ferreira – Diretora Técnica – Doutora em Administração pela UFRGS, Mestre em Economia Rural pela UFRGS e Engenheira Agrônoma pela UFRGS. É Diretora de Inovação e Desenvolvimento da PUCRS no TECNOPUC. Foi fundadora da Rede INOVAPUCRS, que recebeu o Prêmio FINEP de INOVAÇÃO. É professora titular e pesquisadora da Escola de Negócios da PUCRS e avaliadora Ad Hoc de diversos periódicos da área de gestão.
Gisa Bassalo – Diretora de Redes e Associados – Profa do ITEC/UFPA. É arquiteta e urbanista, mestrado Ciência da Computação e doutorado em Engenharia de Produção. Foi Diretora da Rede Amazônica de Incubadoras de Empresas – RAMI, Diretora de Inovação Tecnológica da SECTI / PA, Diretora da Agência de Inovação, coordenadora do Programa de Incubação PIEBT da UFPA e Coordenadora Técnica da Implantação do Parque do Guamá. Foi Diretora-executiva do Núcleo Software do Pará – PARASOFT.
Mariana de Oliveira Santos – Relações Internacionais – Economista e Especialista em Contabilidade Governamental FACE/UFMG; Mestre em Engenharia de Produção pela Escola de Engenharia da UFMG e Doutoranda do Programa de Inovação Tecnológica e Biofarmacêutica da UFMG. Gestora Executiva do BH-TEC. Possui experiência de internacionalização com a participação em eventos e missões técnicas internacionais, construção de memorandos de entendimento e acordos de cooperação.
Renato Valente – Diretor de Empresas – É Country Manager do programa global de inovação aberta da Telefónica, com investimento em startups com seus fundos Wayra, Telefonica Ventures e Amérigo. Trabalhou em empresas como IBM e TAM. É investidor anjo da Anjos do Brasil e fundou a Ocapi onde liderou o processo de venda da empresa. Formado em Administração de Empresas (FAAP), com especializações em Venture Capital (Berkeley – CA), gestão de negócios (IESE Barcelona) e MBA (Insper).
[:]