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Hoje, na sede da FIESP, em São Paulo, aconteceu o segundo e último dia do ELAN Network Brazil 2017. O evento acontece no âmbito da Rede ELAN, um espaço colaborativo, de cogeração e de desenvolvimento de oportunidades de negócios com base em tecnologia e inovação na América Latina e na Europa. Entre ontem e hoje, mais de 200 pessoas frequentaram as sessões, palestras e rodadas de negócio do evento.
Nesta sexta-feira (6), os trabalhos começaram com a palestra de Carlos Eduardo Gouvêa, presidente da Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde (ABIIS), que falou sobre as grandes inovações na área de saúde na perspectiva de dispositivos médicos e diagnósticos. Gouvêa tratou dos desafios que enfrentamos na América Latina, em especial no Brasil, apresentando algumas iniciativas que buscam a convergência regulatória no setor. Por fim, o palestrante debateu sobre o conceito de Saúde 4.0, tomando como parâmetro do ciclo de vida de um dispositivo médico, passando por suas etapas de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), regulação, monitoramento, gestão do produto, descarte ou aprimoramento. Esse estudo está disponível para download gratuito no site da ABIIS.
Em seguida, Natalia Barzilai, secretária executiva do Instituto Dannemann Siemsen de Estudos Jurídicos e Técnicos, onde coordena o projeto da Comissão Europeia Latin America IPR SME Helpdesk, falou sobre os trâmites para registros de patentes e esclareceu dúvidas sobre propriedade intelectual, direitos, leis e regulamentos de transferência de tecnologia no Brasil. Na última semana, a advogada concedeu entrevista à Anprotec, em que comentou as principais leis brasileiras de proteção da propriedade intelectual, analisou os desafios para os próximos anos e destacou a importância da Rede ELAN para o desenvolvimento econômico e geração de oportunidades no Brasil.
No início da tarde, no 7º Painel do ELAN Network Brazil, o Prof. Sérgio Reis de Queiroz, da Unicamp e coordenador adjunto em Pesquisa e Inovação da Fapesp, apresentou as oportunidades para o desenvolvimento de projetos em cooperação internacional, no âmbito do Programa Horizon 2020, da União Europeia, para fomento à Pesquisa e Inovação. Em sua fala, o docente abordou as linhas do programa, os principais projetos ligados a ele, como o Incobra e Cebrabic, além de pesquisas ligadas ao programa, como, por exemplo, em biocombustíveis, Zika, dentre outros.
Encontros bilaterais para promoção de novas oportunidades de negócios
Durante todo o dia de hoje foram realizadas rodadas de negócios e encontros bilaterais entre representantes de mais de 65 empresas e instituições presentes no evento. Além de buscar a aproximação entre diferentes organizações, a iniciativa visa a concretização de oportunidades de negócios para as empresas envolvidas.
Uma dessas empresas é a de Hugo Cabrera, co-fundador de uma startup na área de terapia celular que pesquisa, desenvolve e fabrica terapias baseadas em células do próprio paciente. A empresa possui um desenvolvimento em fase de pesquisa clínica no Hospital das Clínicas da USP e outros desenvolvimentos no pipeline, nas áreas de lesão medular crônica, úlceras e em autismo.
“Esse tipo de evento é extremamente produtivo e tem muito valor em aproximar empresas de base tecnológica. Conheci empresários com produtos e serviços que são extremamente importantes para nós. Esses dois dias abriram as portas para colaboração entre empresas brasileiras e europeias, gerando várias oportunidades de negócio”, ressalta Cabrera. “Na biotecnologia você não faz nada sozinho, você precisa de muita colaboração e o ELAN Network ajudou a ter a visão mais global do negócio tecnológico”.
Há um ano em contato contínuo com a Rede ELAN, André Capelache, co-fundador da espanhola Webfatorial, uma empresa de tecnologia voltada para serviços de internet, cloud computing e segurança da informação, comenta os resultados obtidos. “Os contatos e a troca de experiências que vivenciei no último ano têm ajudado a conhecer o mercado e a abrir oportunidades de negócio não só no Brasil, mas também em outros países, como Argentina, México, Chile, Peru e Colômbia”.
Com organização da Anprotec, o ELAN Network 2017 contou com a colaboração CPqD, FIESP, ABIMO, Agência USP de Inovação, CONFAP e Biominas Brasil. A Rede ELAN é coordenada pelo Tecnalia, da Espanha.
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