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O 1º Diálogo Biotic: Iniciativas de Inovação Tecnológica para a Bioeconomia ocorreu nesta sexta-feira (5), no Hotel Royal Tulip Brasília Alvorada. Coordenado pela Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra), o encontro reúne com a administração pública representantes de empresas do setor de tecnologia, agrotecnologia e bioeconomia, investidores, gestores de fundos e especialistas. A Anprotec marcou presença no evento.
A ideia é debater como vai ser a parceria com a iniciativa privada para gerir o Biotic – Parque Tecnológico, além de atrair investimentos para um projeto que tem o potencial de mudar a matriz econômica do Distrito Federal.
O governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, participou da abertura do debate na manhã de hoje e destacou a importância da iniciativa privada no empreendimento. “O parque tecnológico é, sobretudo, privado. É por meio desse investimento que o Biotic será possível e que poderemos ter uma mudança na matriz econômica do DF”, disse.
O que dizem representantes da iniciativa privada sobre o Biotic – Parque Tecnológico
Anfitrião do encontro, o presidente da Fibra, Jamal Bittar, destacou que o projeto do parque tecnológico tem mais de 15 anos e nunca prosperou por não haver proximidade entre governo e setor produtivo.
“O Estado é o detentor das políticas públicas, e a iniciativa privada pode contribuir com dinamismo e gestão, faltava a interlocução”, observou. “Antes, faltava vontade política e, desde o início desta gestão, Rollemberg se mostrou acessível para o diálogo.”
Para o sócio da gestora especializada em investimentos estruturados A5 Capital Partners Renato Ramalho, o encontro hoje pode resolver entraves. “[O Biotic] é uma boa oportunidade de investimento. Não pode ser um projeto de partes isoladas”, disse.
Para ele, a aproximação do governo e dos investidores é fundamental para resolver pendências burocráticas e econômicas.
O que é o Biotic – Parque Tecnológico
Oficialmente criado em janeiro de 2017, o Biotic – Parque Tecnológico visa concentrar empresas dos ramos da tecnologia da informação e comunicação e da biotecnologia em uma área de 1,2 milhão de metros quadrados, entre a Granja do Torto e o Parque Nacional de Brasília.
A lei alterou outra, publicada em 2002, que previa a instalação apenas de empresas ligadas às áreas de tecnologia da informação e telecomunicações e dava o nome ao local de Capital Digital.
O que motivou a inserção da biotecnologia é a presença da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) no DF. “Ter a Embrapa como âncora facilita a atração de investimentos”, afirmou Rollemberg.
De acordo com o presidente da Embrapa, Maurício Antônio Lopes, esse é um momento de reconversão da economia. “Buscamos uma base tecnológica com energia renovável e intensiva em conhecimento. O Biotic é uma excelente plataforma para isso”, observou.
A previsão é que em junho seja lançada a primeira oferta pública de ações para investidores interessados e, em novembro, comece a construção do primeiro bloco onde serão instaladas essas empresas.
O governo de Brasília, já está construindo o prédio onde ficarão a Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF) e a governança do Biotic. O lançamento deve ocorrer até o fim do ano.
Funcionam no local os centros de processamento de dados do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal e uma subestação da Companhia Energética de Brasília (CEB).
A expectativa, segundo a Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap), é que sejam criados mais de 25 mil empregos diretos com a instalação do parque.
Biotic – Parque Tecnológico é um dos 15 projetos aprovados pelo Conselho Gestor de Parcerias Público-Privadas
Um dos 15 projetos aprovados pelo Conselho Gestor de Parcerias Público-Privadas, o Biotic – Parque Tecnológico é uma iniciativa completamente diferente das outras vigentes no DF.
Será criado um fundo de investimento do empreendimento, que visa transformar o Distrito Federal em um polo tecnológico, sede de empresas multinacionais do ramo.
A Terracap participa com o terreno, avaliado em cerca de R$ 1,3 bilhão. A expectativa é que investidores privados somem com aporte de R$ 1,7 bilhão — totalizando R$ 3 bilhões.
Hoje, o processo se encontra na etapa de contratação de um agente financeiro para gerir o fundo. A Terracap ainda analisa a documentação da empresa que apresentou a melhor proposta.
*Fonte: Agência Brasília
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