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O segundo dia do evento ELAN network Brasil 2016 começou com o painel “compartilhando ferramentas e mecanismos existentes no Brasil para apoiar as empresas no desenvolvimento de tecnologias baseadas em oportunidades de negócios (TBBOs)”.
Representando a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Julio Cesar Imenes de Medeiros do Departamento de Cooperação Internacional da instituição e Javier Romero, Diretor de promoção e colaboração do Centro para o Desenvolvimento Tecnológico e Industrial da Espanha (CDTI), explicaram para os empresários presentes quais são os mecanismos que a Finep possui para apoiar a colaboração tecnológica entre Brasil e a Espanha.
“O Brasil e a Espanha precisam trabalhar juntos. Essa cooperação internacional é essencial, pois conhecimento e inovação estão cada vez mais interconectados entre organizações de países diferentes. Além disso, hoje todas as empresas enfrentam uma competição comprada com o mercado internacional, mesmo que ela atue somente em um país”, explicou Julio Cesar. “Soluções globais para questões globais são plenamente possíveis. Uma solução desenvolvida em uma região pode ser perfeitamente aplicada em outra, ou seja, competências e infraestruturas podem ser complementares”, concluiu.
O painel explicou ainda que a Finep pretende abreviar o processo de inovação tecnológica, oferecer condições favoráveis ao estabelecimento de parcerias e encorajar o compartilhamento de competências, conhecimentos e infraestruturas. Para isso, no âmbito da cooperação com a Espanha, a instituição seleciona parceiros em áreas estratégicas convergentes com as do Brasil que tenham vontade e sejam atores no campo de inovação.
Oportunidade para empresas inovadoras
Além deles, também participou do painel o gerente do Departamento de Produtos Financeiros Descentralizados da Finep, Marcelo Camargo.
Em sua fala, Camargo explicou sobre a necessidade de aumentar o investimento privado em P&D com o objetivo de fortalecer a capacidade de inovação das empresas brasileiras e o aumento das atividades de P&D empresarial. “Para isso, precisamos de novos modelos de negócio, parcerias estratégicas e uma melhor gestão da inovação. Além disso, intensificar a contratação de pesquisadores nas empresas e ampliar as atividades conjuntas entre universidades e empresas. Tudo isso acarretará no aumento das inovações, da competividade empresarial e do número de patentes”, afirmou.
Ele apresentou ainda alguns dados como empresas inovadoras que crescem 16% a mais que as não inovadoras, ou seja, essas empresa são 31% mais produtivas, os salários são 28,3% mais altos e elas exportam 12% a mais em valor.
Por fim, Camargo apresentou o programa da Finep Inovacred, que tem o objetivo de oferecer financiamento a empresas de receita operacional bruta anual ou anualizada de até R$ 90 milhões, para aplicação no desenvolvimento de novos produtos, processos e serviços, ou no aprimoramento dos já existentes, ou ainda em inovação em marketing ou inovação organizacional visando ampliar a competitividade das empresas no âmbito regional ou nacional. Esse apoio será concedido de forma descentralizada, por meio de agentes financeiros, que atuarão em seus respectivos estados ou regiões, assumindo o risco das operações.
Após o painel, as empresas presentes evento participarama de encontros bilaterais de matchmaking.
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