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Reunindo dezenas de empresas europeias e brasileiras em São Paulo (SP) teve início nesta segunda-feira (7) o ELAN network Brasil 2016. A iniciativa acontece juntamente com dois outros grandes eventos internacionais, o Low Carbon Business Action in Brazil e BIN@SP 2016.
O presidente da Anprotec, Jorge Audy, compôs a mesa de abertura. “Para nós da Anprotec esse evento é muito importante já que hoje estamos tendo a oportunidade de estabelecer uma conexão internacional entre os ambientes inovadores do Brasil com os ambientes inovadores da Europa e da América Latina, além de incentivar as empresas brasileiras a internacionalização por meio da conexão com negócios de base tecnológica com nossos colegas internacionais”, disse Audy.
Além dele, estavam presentes na mesa o Reitor da Universidade de São Paulo (USP), Marco Antonio Zago, a Coordenadora do ELAN e Diretora da TECNALIA, Elena Schaeidt, o Embaixador da União Europeia no Brasil, João Gomes Cravinho, o Coordenador do BIN no Brasil e diretor da Agência USP, Vanderlei Bagnato e representando a Universidade de Porto (Portugal), Carlos Brito.
Oportunidades no Brasil
Logo após a abertura, foram iniciadas as sessões temáticas do ELAN Network Brasil 2016. A primeira trouxe alguns especialistas para explicar como as empresas europeias podem fazer negócios no mercado brasileiro.
Abrindo a sessão, o Conselheiro de Inovação do Consulado Geral do Reino dos Países Baixos no Brasil, Nico Schiettekatte, falou sobre a relação comercial entre Brasil e Holanda. Ele explicou que o Brasil é o país mais importante na América Latina para a Holanda em termos de relações comerciais. “Todos os palestrantes do ELAN que estão aqui salientaram a necessidade da inovação em um âmbito internacional, e, nesse sentido, o Brasil e a Holanda podem se ajudar bastante, temos desafios muito parecidos. Colaborar para inovar é um dos temas centrais para nós”, disse.
Já para dar um panorama sobre como é para um estrangeiro realizar investimentos no Brasil, a convidada foi a Conselheira Econômica do Consulado Geral da Espanha em São Paulo, Ana Fornells. Ela afirmou que o cenário no Brasil é muito interessante e diverso e ressaltou ainda a importância de ter um sócio local. “Esse país tem um tamanho continental, muito maior que o Europeu, a forma de fazer negócio é diferente. Por isso é importante que os interessados em investir aqui tenham sócios locais. É preciso fomentar confiança”, explicou. “Mesmo em crise, o Brasil continua sendo um bom lugar para investir. O Brasil é muito interessante. Cada região tem uma situação diferente”, acrescentou.
Encerrando a sessão, a Coordenadora do ELAN no Brasil, Mercedes Blasquez, apresentou o programa para os ouvintes. Ela explicou que o projeto nasceu da percepção da falta de informação atualizada e de qualidade para as empresas europeias a respeito da América Latina.
Saúde, Energias renováveis e TIC
A manhã foi encerrada com a sessão temática “desafios e oportunidades em Saúde, Energia Renovável e TIC”, com o objetivo de compartilhar planos estratégicos, capacidades, necessidades e desafios futuros nas áreas em questão oferecendo oportunidades de colaboração entre a União Europeia e o Brasil.
A especialista em inovação tecnológica do CPqD, Cláudia Piovesan Macedo, explicou que a internet das coisas tem o objetivo de transformar conhecimento em valor para a sociedade. “Estamos no começo de um mundo cheio de transformações, a aceleração proporcionada por certas tecnologias nos últimos anos é muito intensa. Os avanços que temos feito na área de conectividade, software, capacidade de processamento têm promovido uma transformação digital”, disse. Cláudia falou ainda sobre como as tecnologias estão fazendo a união do mundo físico com o virtual.
Em seguida, Dalton Siqueira Pitta Marques, Gerente de Desenvolvimento Econômico e Tecnológico do Supera Parque, apresentou um panorama da inovação e tecnologia brasileira no setor de saúde. “Os grandes desafios na área são: aumentar o acesso à saúde para regiões fora dos grandes centros urbanos, proporcionar um cuidado á distância, por meio da telemedicina, integrar tecnologia da informação e saúde, reduzir a necessidade de internações e melhorar a infraestrutura regulatória do Brasil.
Encerrando a sessão, Ricardo Esparta, representando a Low Carbon Business Action in Brazil (LCBA), falou a respeito do projeto Low Carbon no Brasil. Sua palestra abordou as missões de matchmaking realizadas pelo programa e sua importância, a convenção do clima das Nações Unidas e o Brasil, o setor brasileiro de renováveis, biomassa e solar, no Brasil e na União Europeia e as oportunidades, demandas e ofertas do país.
O ELAN network Brasil 2016 acontece no Centro de Difusão Internacional (CDI) da USP, em São Paulo (SP) e vai até a próxima quarta-feira (9/11). A entrada é gratuita.
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