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O segundo dia da 26ª Conferência Anprotec forneceu aos participantes informações aprofundadas a respeito da experiência Asiática na geração de ecossistemas de inovação, em especial a chinesa.
O gestor do Tsinghua University Science Park (Tuspark), principal parque tecnológico da Ásia, Herbert Chen, apresentou os modelos chineses e explicou que o objetivo do país é tornar-se uma potência da área, para isso, realizam uma união de esforços para promover a inovação construindo parques científicos e tecnológicos e atraindo pesquisadores de primeira linha.
“O foco é trocar o “made in China” encontrados em produtos de alta tecnologia por “created in China”, explica Chen. “A economia chinesa cresceu 190 vezes desde 1976. Temos a segunda maior economia do mundo, mas o nosso PIB não vem diretamente da indústria de alta tecnologia. A eficiência da nossa economia ainda é muito baixa. Por exemplo, cinco chineses produzem o que um japonês produz. Esse modelo de desenvolvimento precisa ser consertado”, acrescentou.
Jorge Audy, Presidente da Anprotec e moderador da plenária, elogiou a estratégia chinesa. “O modelo chinês tem características interessantes. É um país grande como o Brasil, mas com uma economia em escala diferente. Os desafios de desenvolvimento deles são muito semelhantes ao nossos. Podemos aprender com a experiência deles para impulsionar os nossos parques tecnológicos, além de estreitar as relações bilaterais”.
Oportunidades
Quem também contribuiu para o debate e compôs a mesa foi o Primeiro Secretário do Departamento de CT&I da Embaixada do Brasil em Pequim, Romero Maia. Para ele, o Brasil vive um momento repleto de oportunidades criadas pelo Memorando de entendimento sobre cooperação bilateral em ciência, tecnologia e inovação (CT&I), firmado em 2015.
“Os dois países podem se desenvolver juntos, caso alinhem os esforços para interação entre esses ambientes de inovação”, afirmou Romero.
Desafio Negócios e Biodiversidade
Após a plenária, a Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza apresentou para os participantes da 26ª Conferência Anprotec os detalhes sobre o Desafio Negócios e Biodiversidade, que é realizado em parceria com a Associação.
A iniciativa selecionará empresas inovadoras que proponham modelos de negócios para a conservação da biodiversidade brasileira em quaisquer setores da economia.
Fernando Campos, membro da equipe de Estratégias de Conservação da Fundação Grupo Boticário, apresentou o projeto detalhadamente. “Nós sabemos que esse é um setor ainda pouco trabalhado, mas queremos provocar vocês empreendedores inovadores a pensarem como gerar impacto positivo em conservação da natureza. De qualquer forma, não importa qual seja o negócio vencedor, no final quem ganha é a natureza do Brasil”, afirmou Campos.
Podem participar do desafio empresas vinculadas a parques tecnológicos e incubadoras associados à Anprotec, que possuam proposta de negócios em conservação e biodiversidade. Os interessados devem preencher este formulário e enviá-lo à Anprotec por meio do e-mail: [email protected], até o dia 28/10/2016.
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