Está aberta para contribuições a proposta da Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (Encti) 2016-2019. O texto para discussão está no portal do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e é possível participar do aprimoramento, enviando sugestões para o e-mail [email protected].
De acordo com o secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento, Jailson de Andrade, quatro áreas sensíveis devem ganhar destaque – as seguranças alimentar, cibernética, energética e hídrica –, mas a futura Estratégia também enfatizaria tecnologias críticas, a exemplo da questão espacial, do uso sustentável da energia nuclear e do aproveitamento da biodiversidade e preservação dos biomas nacionais.
Segundo Jailson, que coordena a elaboração do texto, o documento deve propor ampliar, consolidar e integrar a infraestrutura física e os recursos humanos voltados à pesquisa no território brasileiro.
Incubadoras e parques tecnológicos
De forma breve, o documento faz referência aos ambientes de inovação. Na página 14, do capítulo 2 (Avanços na Política de CT&I), são apresentados números do retorno de investimentos realizados pelo governo federal em incubadoras de empresas e parques tecnológicos. “Além do fomento direto a empresas inovadoras, merecem destaque a expansão e consolidação de ambientes propícios à inovação no país, por meio do Programa Nacional de Apoio às Incubadoras de Empresas e aos Parques Tecnológicos (PNI) e da política de apoio aos Núcleos de Inovação Tecnológica (NIT) das Instituições de Ciência e Tecnologia”. Em seguida, números do retorno de investimento realizado pelo governo federal em ambientes de inovação”.
Já na página 42, do capítulo 5 (Competências do Sistema Nacional de CT&I), esses ambientes aparecem como operadores do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (SNCTI):
“Outro grupo de Operadores é aquele relacionado com os processos de desenvolvimento tecnológico e de inovação empresarial. Estes operadores podem compor ecossistemas de inovação circunscritos territorialmente, nos moldes dos polos tecnológicos ou clusters de alta tecnologia. Nestes ambientes, além da proximidade territorial as instituições podem contar com o apoio de Universidades, tal como se constata em parques tecnológicos e em incubadoras de empresas. As entidades também podem compor outros ecossistemas de inovação, com intensidades variadas de relacionamento entre startups e empresas inovadoras já consolidadas no mercado. Estes atores privados utilizam diversos instrumentos disponíveis no SNCTI, seguindo as tendências internacionais de apoio à inovação, apresentando-se como desafio contínuo para a expansão do SNCTI o aumento da interação entre universidades e empresas.”
Processo
Vigente de 2012 a 2015, a atual Encti precisa ser substituída pelo novo documento, em elaboração pelas secretarias do MCTI, ao lado do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCTI).
Além da discussão interna no MCTI, a proposição deve passar por rodadas de aperfeiçoamento nas comunidades acadêmica e empresarial. O coordenador da iniciativa prevê debates com a Academia Brasileira de Ciências (ABC), a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e outras entidades representativas.
* Com informações do MCTI