O Parque Tecnológico de Sorocaba (PTS) e a Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP) acabam de lançar uma chamada voltada para a área de automação de produtos e processos, que visa incentivar e apoiar o desenvolvimento tecnológico e a transferência de tecnologia para o setor produtivo. Qualquer empresa formalmente estabelecida, de qualquer porte ou área do conhecimento, pode submeter propostas de automação para seus produtos e/ou processos, até o dia 31 de janeiro de 2016.
As empresas escolhidas terão à sua disposição apoio técnico da universidade – que conta com mais de 3.500 doutores em seu quadro de pesquisadores – para repensar e aprimorar seus produtos e processos. Os desenvolvimentos poderão ocorrer utilizando instalações, equipamentos e recursos humanos da própria universidade.
Para mais informações, acesse o edital ou envie e-mail para [email protected].
Sobre a chamada
A ação é uma iniciativa da UNESP por meio de seu Grupo de Automação e Sistema Integráveis (GASI), em parceria com o Parque Tecnológico de Sorocaba e a Agência UNESP de Inovação.
Serão selecionadas propostas de empresas para o desenvolvimento e/ou aprimoramento de produtos e/ou processos utilizando competências da universidade nas seguintes áreas do conhecimento: automação, controle, robótica, inteligência artificial, eletrônica, energia, visão computacional, software, mecânica e fluidos.
Segundo o professor doutor Alexandre da Silva Simões, pesquisador do GASI na área de Robótica e Inteligência Artificial e um dos idealizadores da ação, esta chamada tem potencial para provocar uma “revolução” nos processos de inovação realizados. “Toda indústria – seja de pequeno, médio ou grande porte – tem produtos ou processos que podem se tornar melhores, mais baratos, mais rápidos ou confiáveis através da automação”, fala Alexandre.
Alexandre ainda explica que toda vez que “embarcamos” elementos da eletrônica, microcontroladores ou softwares em um dos produtos, estamos abrindo novas portas para o desenvolvimento da indústria nacional. Conforme ele, a grande dificuldade para que essas inovações se concretizem é que a indústria nem sempre conta com os profissionais, o tempo ou o conhecimento necessário para tornar reais suas ideias. “A parceria com uma universidade como a UNESP, com mais de 3.500 Doutores e 1.900 laboratórios vai mudar essa realidade. As empresas terão à sua disposição tanto técnicas e tecnologias de ponta quanto custos bastante reduzidos. Do lado da universidade, os docentes poderão direcionar seus trabalhos de pesquisa para efetivamente apoiar o desenvolvimento do mercado nacional”, diz Alexandre. E completa: “A universidade e as empresas podem trabalhar juntas nesses desenvolvimentos, com ganhos para ambas as instituições, e gerando grandes benefícios para a cidade e para o país, que tem muito a ganhar com mais receita, geração de empregos e oportunidades.”
As principais vantagens para a empresa são a possibilidade de aceleração da inovação, a agregação de valor a seus produtos ou processos, a redução de custos em relação ao modelo tradicional de desenvolvimento e a altíssima expertise do corpo de desenvolvimento.
O professor doutor Antonio Cesar Germano Martins, líder do Grupo de Automação e Sistemas Integráveis (GASI), esclarece que o GASI desenvolve pesquisas nas áreas de automação, análise e condicionamento de energia elétrica, robótica, eletrônica de potência, energias renováveis, processamento de imagens, sistemas de controle automático, sistemas embarcados e sistemas inteligentes. “Esta chamada pretende aproximar a academia do setor produtivo, permitindo que os conhecimentos gerados na universidade possam resultar no aperfeiçoamento dos processos”, expõe Antonio Cesar.
O Prof. Dr. Julio Cezar Durigan, magnífico reitor da UNESP, destaca a iniciativa: “a universidade oferece, neste tipo de ação, aquilo que ela tem de melhor: seus professores e técnicos qualificados e seus equipamentos especializados. Mostra seu potencial para a comunidade empresarial, para a cidade e para a região, assumindo um papel de liderança acadêmica e se firmando como um importante parceiro de maneira ética e transparente”.
Parque Tecnológico
Rubens Hungria de Lara, presidente do Parque Tecnológico de Sorocaba, acrescenta: “É motivo de muita satisfação nosso apoio a esse projeto tão importante e tão representativo da missão do Parque, que é contribuir para a colaboração produtiva entre a Universidade e as empresas, gerando benefícios para a sociedade como um todo”, diz Rubens.
Além de seu laboratório no Parque Tecnológico, o GASI conta ainda com um recém-inaugurado laboratório de pesquisa, um dos mais modernos do país, com capacidade para executar dezenas de projetos simultâneos. Trata-se de uma das melhores infraestruturas do país.
Cronograma
– Data limite para submissão de propostas: 31/01/2016
– Prazo de análise e julgamento: até 60 dias após submissão
– Prazo para formalização entre as partes: até 3 (três) meses após a aprovação da proposta
* Com informações do Parque Tecnológico de Sorocaba
O Parque Tecnológico de Sorocaba, por meio da Inova Sorocaba, promove no próximo dia 21 de julho o Workshop de Inovação – Impressão 3D em metal, Aplicações e Desafios na área Médica e na Indústria. Realizado em parceria com a Divisão de Tecnologias Tridimensionais (DT3D) do Centro de Tecnologia de Informação Renato Archer, a PUC-SP, Centro Paula Souza e a Prefeitura de Sorocaba, o evento contará com palestrantes e especialistas internacionais e enfocará nas aplicações e desafios da impressão 3D em metal na área médica e na indústria. O Workshop será realizado no dia 21 de julho, às 13h30, no Centro de Convenções do Parque Tecnológico de Sorocaba, com o apoio das empresas Concept Laser, Tecno-How e Materialise. As inscrições serão gratuitas, mas as vagas são limitadas.
Para o diretor de CTI da Inova Sorocaba, Rodrigo Mendes, uma das principais funções do parque é divulgar novas tecnologias para as empresas de Sorocaba e região. “Dessa vez, nós trazemos um evento voltado para a manufatura aditiva em metais pois é uma inovação que poder ter um impacto direto na forma como as empresas de usinagem e ferramentaria oferecem seus produtos e serviços”, diz Mendes e acrescenta: “A manufatura aditiva quando comparada a usinagem tradicional, tem prazo de produção menor, de simples customização e fabricação de geometrias mais complexas”.
O direitor ainda alerta da importância das empresas darem atenção a esse tipo de tecnologia: “A evolução das técnicas da manufatura aditiva possibilitando a impressão de peças em metal caracteriza uma revolução na indústria de peças e precisa ser acompanhada de perto pelos empresários da área, afirma ele,
Desde o surgimento da tecnologia de impressão 3D em 1984 nos Estados Unidos, o mercado mundial de fabricação aditiva vem avançando rapidamente, atingindo a cifra de USD 4,1 bilhões em 2014 e com um crescimento médio de 34% nos últimos 3 anos.
As tecnologias focadas inicialmente em prototipagem rápida estão migrando rapidamente para a fabricação industrial de peças e componentes em altos volumes. Dentre as tecnologias que mais estão crescendo é a impressão 3D em metal ou DLMS (Direct Laser Melting sintering), que funde pó de metal através de um laser, construindo peças metálicas diretamente a partir de modelos 3D. Atualmente é possível se fabricar peças com diversas ligas de metais, como por exemplo: titânio, cromo cobalto, inconel (liga de níquel-cromo), alumínio, aço, aço inoxidável, aço maraging, bronze, ouro, prata, platina, paládio e outros.
A impressão 3D em metal já é uma realidade na indústria e atualmente os principais setores que utilizam essa tecnologia são: médico, dental, aeroespacial, automotivo, moldes e matrizes e joalheiro.
* Com informações do Parque Tecnológico de Sorocaba