Compondo a programação do primeiro dia da Conferência, foi realizado nesta segunda-feira (19) o 23º Workshop Anprotec – Incubadoras de Empresas, que discutiu modelos híbridos de apoio ao empreendedorismo inovador. Esses modelos incluem diferentes mecanismos e atores, tais como aceleradoras, espaços de coworking, plataformas de ensino à distância e fundos de investimento, entre outros. “Discutir a modelagem híbrida de incubadoras, com quais entidades e atores do ecossistema de inovação devem estabelecer maior sinergia, é fundamental para o futuro do nosso movimento”, afirmou a presidente da Anprotec, Francilene Garcia.
Francilene apresentou o contexto de atuação das incubadoras no Brasil e no mundo, afirmando que este é um momento oportuno para debater a evolução e a sustentabilidade dos ambientes de inovação. “Em 2020, teremos cerca de 1 bilhão de empreendedores no mundo, quase 13% da população global, enquanto em todo o mundo há 9 mil incubadoras para atender a 1 milhão de empresas. Portanto, há um potencial para crescermos”, afirmou.
O workshop incluiu uma mesa-redonda sobre o tema “Novos modelos de desenvolvimento de negócios inovadores”, com a presença de três painelistas. A gerente de gestão e redes de inovação da Natura, Luciana Hashiba, apresentou programas e ações da empresa voltados à inovação, incluindo a aproximação com incubadoras de empresas e startups. “Percebemos que estávamos um pouco distantes desses atores e começamos uma aproximação, iniciando um diálogo e depois lançando uma chamada para empresas em parceria com a Anprotec”, comentou. “É diferente trabalhar com grandes empresas e com startups. A proximidade com a incubadora torna nosso trabalho complementar, nos ajuda a entender melhor o perfil do empreendedor, por exemplo”, disse.
O diretor de Articulação da Associação Brasileira de Empresas Aceleradoras de Inovação e Investimento (Abraii), Sandro Cortezia, falou sobre a articulação de aceleradoras com outros atores de apoio ao empreendedorismo inovador. “Desde nossa criação, no ano passado, temos buscado parceiros para tornar mais robusto o ambiente de empreendedorismo. E também temos feito um esforço para esclarecer que aceleradoras não atuam como sócios das empresas, mas ajudam a alavancar investimentos de outras fontes”, disse.
Encerrando as apresentações da manhã, a diretora da Rede Mulher Empreendedora, Marcela Quiroga. “Nosso propósito é reconhecer e empoderar as mulheres empreendedoras, que são responsáveis por 45% dos novos negócios no Brasil”, afirmou. Ela apresentou projetos e ações desenvolvidos pela rede de empreendedorismo feminino, a maior do Brasil e da América Latina.
Programação da tarde
No período da tarde, o diretor-presidente do Porto Digital e diretor da Anprotec, Francisco Saboya, apresentou novos modelos de incubação e de aceleração de empreendimentos em países como Canadá e Coreia do Sul. “O apoio governamental varia nesses países, sendo mais forte na Coreia do Sul, onde há uma preocupação em mudar o mindset dos jovens. Eles estão apostando na formação de uma nova geração de empreendedores, pois os jovens estavam acostumados a sair das universidades para trabalhar para grandes corporações”, explicou. Finalizando sua apresentação, Saboya destacou números e projetos do Porto Digital.
Na sequência, o gestor da Incubadora Unitec, de São Leopoldo (RS), Carlos Aranha, e a coordenadora técnica do MIDI Tecnológico de Florianópolis (SC), Kamila Bitarello, apresentaram ações e projetos desenvolvidos em suas incubadoras para impulsionar novos negócios. Após o coffee-break, foram formados grupos de trabalhos com todos os participantes do workshop para a discussão de 11 temáticas relacionadas aos modelos híbridos de incubação. Essa atividade encerrou o 23º Workshop de Incubadoras de Empresas.
*Foto: Márcio Oliveira. Confira a cobertura fotográfica completa aqui.